O câncer de ovário é o terceiro mais comum em mulheres no Brasil entre os cânceres ginecológicos, atrás apenas do câncer do colo do útero e do endométrio. Em 2020, houve registro de 6.650 novos casos, representando 3% das neoplasias em mulheres.
Esse tumor maligno pode ser bem silencioso e se espalhar para toda a cavidade abdominal. Por isso, é importante saber reconhecê-lo rapidamente, para que ele não seja descoberto apenas em fase avançada.
A Dra. Geórgia Fiuza, oncologista clínica do Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO), alerta que os sintomas podem ser similares aos de outras doenças. “Eles incluem inchaço ou distensão abdominal, dor ou desconforto abdominal persistente, náuseas ou vômitos, alterações no hábito intestinal ou urinárias e perda de peso inexplicável”, diz.
A doença é mais prevalente após os 50 anos e tem como fatores de risco a obesidade, a menarca precoce (início da menstruação antes dos 12 anos), a menopausa tardia (após os 52 anos), o uso de terapia de reposição hormonal prolongada, especialmente com estrogênio isolado.
“É importante destacar que o histórico familiar de câncer no ovário, colorretal, mama e endométrio, podem estar relacionados com mutações genéticas, o que ocorre em cerca de 20 a 25% dos casos de câncer de ovário”, explica a profissional.
É preciso estar atenta a todas essas questões e aos sinais mencionados do câncer no corpo. Assim, se sentir qualquer um deles persistentemente, você pode buscar uma avaliação médica. “Embora não existam métodos de rastreamento eficazes para o câncer de ovário, a detecção precoce pode melhorar significativamente o prognóstico”, ressalta Dra. Geórgia.
Tratamento
O tratamento do câncer de ovário geralmente envolve cirurgia para remoção do tumor seguido de quimioterapia. “Em casos avançados, a quimioterapia pode vir antes da cirurgia. Por fim, o acompanhamento multidisciplinar é essencial para oferecer suporte nutricional e emocional às pacientes”, conclui a especialista.
