Sintomas como tosse leve, perda de apetite esporádica e sonolência fora do habitual podem passar despercebidos em pets. Muitas vezes, os tutores os veem apenas como algo comum e que deve passar logo. Contudo, esses sinais podem ser alertas de doenças silenciosas em cães.
Essas enfermidades se desenvolvem de forma lenta e quase imperceptível, comprometendo órgãos vitais e impactando diretamente a qualidade e a expectativa de vida dos animais. Por isso mesmo, descobri-las rapidamente e, assim, conseguir mais chances de sucesso no tratamento, é um desafio.
Entre as enfermidades silenciosas mais comuns estão a insuficiência renal crônica, cardiopatias degenerativas, hipertensão arterial sistêmica, doenças hepáticas, enfermidades endócrinas como diabetes mellitus, hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo, além de neoplasias de crescimento lento e problemas periodontais – estes últimos frequentemente subestimados, mas com potencial para causar infecções sistêmicas graves.
A médica-veterinária Marina Tiba, Gerente de Produto da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal, explica que a detecção precoce dessas doenças depende de algumas medidas essenciais. São elas: observação diária do comportamento do pet, exames de rotina realizados periodicamente e acompanhamento contínuo com o médico-veterinário.
A seguir, entenda melhor quais sinais podem indicar doenças silenciosas em cães para conseguir cuidar melhor do seu animalzinho:
Sinais de doenças silenciosas em pets
De acordo com a médica-veterinária, a maioria das doenças silenciosas só apresenta sinais claros quando já compromete alguma função vital. Assim, é preciso prestar atenção em sintomas “menores”, mas que podem ser pistas.
“Às vezes, um simples aumento na ingestão de água ou mudanças no padrão de sono podem ser os únicos indícios de que algo não vai bem”, alerta Marina. Ela ressalta que outros sinais aparentemente banais, como mau hálito, apatia, sonolência excessiva, emagrecimento gradual ou alterações no apetite, também merecem atenção e investigação.
Na prática clínica, é comum que os tutores só procurem atendimento quando os sintomas se tornam evidentes ou impactam a rotina do animal. “Infelizmente, em muitos casos o diagnóstico acontece tardiamente, o que reduz as opções de tratamento e torna o processo mais complexo e oneroso, além de impactar negativamente na saúde e bem-estar animal”, reforça Marina.
