O AVC, ou seja, Acidente Vascular Cerebral, é uma condição muito preocupante e que é responsável por mais de 6 milhões de mortes anuais, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, segundo a organização, 100 mil pessoas falecem por ano por conta de complicações da doença. Ou seja, é muito relevante saber mais sobre ela.
“O AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro é interrompido, levando à morte de células cerebrais. Isso pode causar déficit funcional que, muitas vezes, é permanente em alguns pacientes que sobrevivem”, explica o dr. Marco Py, neurologista do Hospital São Lucas Copacabana, que faz parte da Rede Américas.
Apesar de ter o AVC ter sintomas característicos, certas manifestações da doença podem passar despercebidas no dia a dia. Isso atrasa o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
A seguir, entenda melhor os sintomas iniciais de AVC:
Sintomas iniciais de AVC
Um exemplo de sintomas clássicos é a fraqueza súbita ou sensação de formigamento em um dos lados do corpo, que pode ser interpretada como cansaço ou estresse pela rotina, principalmente depois de um longo dia de trabalho. Outro sinal comum do AVC é dor de cabeça intensa, que tende a ocorrer sem motivo aparente. E muitas vezes, é ignorada e vista como uma enxaqueca ou cefaleia tensional.
“Um sintoma clássico do AVC que pode passar despercebido é a confusão mental, acompanhada, principalmente, por dificuldade de encontrar palavras que se deseja falar, mas que não vêm à memória com facilidade. Em muitos casos, sobretudo em pacientes com mais idade, esse sinal é visto como um simples esquecimento e não é investigado”, detalha o dr. Marco.
Outras manifestações importantes que devem ser percebidas são gagueira, problemas para andar ou se equilibrar e incapacidade de compreender o que está sendo dito por outras pessoas. Segundo o neurologista, na presença de um ou mais desses sintomas, é essencial que o paciente seja encaminhado para atendimento emergencial.
“Em um episódio de AVC, milhares de células cerebrais são destruídas em um curto espaço de tempo. Isso pode levar à incapacitação do paciente ou até mesmo à morte. Por isso, nesse tipo de caso, a agilidade para identificar os sintomas e buscar um atendimento especializado pode fazer diferença. Tempo é vida”, define o dr. Marco.
