Recentemente, a Ipsos, empresa líder em pesquisa de mercado, fez um estudo sobre a desigualdade financeira por gênero. E, de acordo com a pesquisa, 41% dos brasileiros acreditam que a obtenção de uma renda alta é mais provável para homens, enquanto apenas 5% acreditam que é mais provável para mulheres.
Globalmente, as opiniões foram mais divididas, com 46% acreditando que já existe uma igualdade de gênero nesse sentido financeiro. O estudo ainda mostrou que, no Brasil, também há uma porcentagem bem considerável de pessoas (41%) que acreditam que papeis de liderança na vida pública são mais prováveis para homens, enquanto no mundo no geral as visões estão mais divididas.
Fora isso, a pesquisa também avaliou outras questões, como o quão acessível a educação superior é para cada gênero. Tudo isso mostra como no mundo atual e, especialmente, no Brasil ainda há muito o que se progredir para que a desigualdade financeira acabe.
“A luta pela igualdade ainda é um caminho longo a percorrer, e requer mudanças significativas e mais ágeis para que as futuras gerações ainda possam ter os mesmos direitos na vida profissional e pessoal”, comenta Priscilla Branco, gerente sênior de Reputação Corporativa e Opinião Pública da Ipsos no Brasil.
Perspectivas para a igualdade
A pesquisa indica que alcançar a igualdade entre homens e mulheres é uma prioridade pessoal para duas em cada três pessoas (68%) no mundo.
No Brasil, esse sentimento é ainda mais forte, com 69% dos entrevistados considerando a igualdade de gênero de extrema importância. As mulheres brasileiras (74%) demonstram um compromisso particularmente elevado com essa causa, em comparação com 64% dos homens.
Finalmente, quando questionados sobre o futuro das mulheres jovens em comparação com a geração de suas mães, 54% dos brasileiros expressaram otimismo, acreditando que as jovens terão uma vida melhor. Mesmo assim, para que isso ocorra, é preciso ainda fazer muitas mudanças e melhorias.
Vale reforçar que a pesquisa da Ipsos, feita para o Dia Internacional das Mulheres 2025, ocorreu em parceria com o Kings’ College de Londres. Ela foi realizada os dias 20 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025. O estudo entrevistou 23.765 pessoas on-line, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, com idades entre 16 e 74 anos.
Globalmente, responderam a esta pesquisa 4.861 adultos on-line da Geração Z com idade entre 18 e 28 anos, incluindo 2.243 homens e 2.618 mulheres. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
