Anualmente, o Fórum Econômico Mundial divulga um ranking que mede a igualdade de gênero em todo o mundo. A lista é realizada desde 2006 e funciona da seguinte maneira: existe uma pontuação que vai de 0 a 1 e quanto mais próximo de um, mais esse país está próximo de alcançar a igualdade entre homens e mulheres. Nesse sentido, quanto mais próximo de zero, maior a desigualdade de gênero.
Para formar o ranking, a organização sem fins lucrativos avalia quatro pontos: saúde e sobrevivência, grau de instrução, participação econômica e oportunidades, e o empoderamento político. Cada pilar possui um indicador diferente.
Confira abaixo quais são os países com menos desigualdade de gênero no mundo!
Posição | País | Score |
1 | Islândia | 0,908 |
2 | Finlândia | 0,860 |
3 | Noruega | 0,845 |
4 | Nova Zelândia | 0,841 |
5 | Suécia | 0,822 |
6 | Ruanda | 0,811 |
7 | Nicarágua | 0,810 |
8 | Namíbia | 0,807 |
9 | Irlanda | 0,804 |
10 | Alemanha | 0,801 |
De acordo com a lista, o Brasil ocupa atualmente a 94.º posição dentre 146 nações. E essa é uma preocupação pois o país vem caindo algumas posições no ranking com o passar dos anos. De 2020 a 2022, o Brasil caiu duas posições. Diante dos quatro pilares que formam o índice, houve avanços nas áreas da saúde e educação, porém retrocessos na participação política e na igualdade econômica.
Por que o Brasil vem caindo no ranking?
Em entrevista à BBC, Ana Diniz, professora e coordenadora do Núcleo de Estudos de Diversidade e Inclusão no Trabalho do Insper, explicou que em muitos desses países existem políticas de gênero que ampliam e incentivam a participação das mulheres no mercado de trabalho.
Por outro lado, no Brasil, os altos índices de violência contra mulheres no país fizeram com que as políticas de gênero por aqui fossem, majoritariamente, voltadas para a proteção da integridade física desse público.
Governo promete mudanças
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve apresentar uma lei que garanta remuneração igual para homens e mulheres que exerçam a mesma função.
O anúncio foi feito na última terça-feira (28). O projeto ainda está em construção, mas deve mexer na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Além disso, será mais uma ferramenta na luta contra a desigualdade de gênero.