Descobrir uma cura para o mal de Alzheimer tem sido uma das maiores missões da ciência. Contudo, enquanto essa solução definitiva não é encontrada, a prevenção é a melhor alternativa para aqueles que apresentam a doença. Fatores simples como praticar uma atividade física ou ficar entretido com um passatempo podem promover muitos benefícios para o cérebro e, consequentemente, ajudar a amenizar os sinais do Alzheimer.
Atividade física
É comprovado cientificamente que exercitar-se colabora para a melhora da capacidade funcional e as habilidades cognitivas do cérebro, o que, consequentemente, reflete em um órgão ativo e saudável. “A atividade física pode ajudar na prevenção por melhorar a circulação sanguínea, reduzir a atividade inflamatória no cérebro e inibir a deposição da beta-amiloide, uma das proteínas envolvidas no aparecimento do Alzheimer”, explica o neurologista Paulo Bertolucci.
Mas não pense que é preciso se tornar um atleta. Cerca de 30 minutos diários de algum exercício físico já são o suficiente para começar a obter benefícios. E lembre-se que, quanto mais jovem colocar o corpo em movimento, maiores serão as vantagens para o organismo.
Passatempos
Manter o cérebro funcionando a todo vapor deve fazer parte do plano de vida saudável. É necessário entender o órgão como um músculo que precisa ser exercitado, caso contrário, ele atrofia — abrindo brecha para o desenvolvimento do Alzheimer.
Uma boa forma de colocá-lo para “suar a camisa” é praticando jogos mentais, passatempos que exigem raciocínio. “Exercitar-se mentalmente, por meio de atividades que exijam trabalho da mente, como aprender um instrumento musical ou uma língua nova, além de praticar a leitura regular de livros ou escrever, pode desacelerar ou evitar a evolução da doença”, afirma o neurologista Flávio Sekeff Sallem.
Da mesma forma que você deve dedicar um tempo do seu dia para atividades físicas, reserve alguns minutos para exercícios mentais.
LEIA TAMBÉM
- Alzheimer: é possível diagnosticar pelo sangue?
- Família: entenda o seu papel na vida de quem tem Alzheimer ou Parkinson
Texto e entrevista: Natália Negretti/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Flávio Sekeff Sallem, neurologista; Paulo Bertolucci, neurologista na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)