Recentemente, presenciamos o sucesso de vendas dos livros de colorir para adultos. Com desenhos refinados, o que era passatempo para as crianças alcançou um novo status com os mais velhos. Isso porque as publicações prometiam proporcionar momentos de relaxamento e conexão com o eu interior, já que era necessário horas de empenho de cada pessoa, além de uma boa carga de paciência. “Os livros para colorir ajudam dependendo do nível de ansiedade do indivíduo e do tempo que ele dispõe para a atividade, pois as imagens para colorir ajudam a forçar no momento presente”, observa a psicopedagoga e arteterapeuta Bianca Acampora.
O uso de recursos artísticos com finalidades terapêuticas começou a ser usado ainda no início do século 19. Atualmente, há a conhecida arteterapia, que une conceitos de arte e psicologia como recursos para se explorar aspectos do consciente e inconsciente humano. A técnica se baseia na expressão criativa e reforça características da própria identidade, simbologia e metáforas, em contraposição à imagem pronta, ou estereotipada, da pessoa.
A arteterapia atua no equilíbrio das emoções, visando a superação de situações traumáticas e distúrbios comportamentais, cognitivos e físicos. “É uma das formas de se pensar no momento presente, manter a mente focada e aliviar o estresse e a tensão acumulados”, explica a especialista.
Pratique musicoterapia!
Que a música faz um bem danado para nosso corpo e alma, isso ninguém duvida. Mas, além disso, os sons podem promover uma redução nos sintomas de ansiedade por meio da musicoterapia. A técnica terapêutica utiliza a busca pelo entendimento do corpo físico e trabalha aspectos emocionais e sociais do paciente. Isso porque o som, ao ser captado pelo ouvido, transmite impulsos nervosos para estruturas específicas, como o sistema límbico.
“A principal função desse sistema é de integrar informações sensitivo-sensoriais (no caso, a música) com o estado psicológico interno, ou seja, ele controla conteúdos afetivos (emoções) a esses estímulos, elencando uma resposta emocional adequada”, elucida o musicoterapeuta David Maldonado. A música também atua no bem-estar do corpo, já que promove o aumento da oxigenação no sangue e, por consequência, uma maior oxigenação cerebral.
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Texto: Augusto Biason e Jéssica Pirazza/Colaboradores – Edição: Augusto Biason/Colaborador