Grandes traumas e pequenos acontecimentos que se acumulam durante muito tempo nas nossas vidas têm a capacidade de despertar um quadro depressivo. Os pensamentos se tornam cada vez mais negativos e o cansaço mental só aumenta, além da indisposição e do desânimo presentes diariamente. Os sinais da depressão são diversos, mas olhar para si mesmo e perceber que é hora de procurar ajuda é uma atitude muito mais complicada do que parece.
Tanto os sintomas como as causas e a maneira com a qual se enfrenta o distúrbio são particulares, cada um passa por esse período de um jeito específico, e com as respostas ao tratamento não é diferente. “Alguns indivíduos sofrem de depressão clínica temporária e tomam medicamentos por até 12 meses. Para outros, é uma batalha ao longo da vida, em que picos da doença aparecem com o tempo”, assinala a psicóloga Monica Pessanha.
Em muitos casos, o tratamento, ministrado por meio de psicoterapias e também de medicações, mostra-se eficaz, e o paciente pode ser considerado curado. “A depressão tem cura, mas a pessoa precisa ficar atenta para não reincidir e deslizar de volta aos hábitos sombrios, pois a tendência permanece. Toda cura psíquica é um processo de autoconhecimento, e a descoberta de objetivos de vida ajuda a anular essa predisposição”, ressalta a psicanalista Júlia Bárány.
Comportamento saudável
Existem diversos métodos psicoterápicos disponíveis para aqueles que sofrem com a depressão. No entanto, a terapia, aliada a certas atitudes e posturas diante da vida, pode oferecer resultados ainda melhores. “Cuidar de si, melhorando aspectos importantes como sono, alimentação saudável e atividades físicas. Ser gentil com você mesmo e não se culpar se não fizer algo que planejou, além de experimentar coisas novas e compartilhar experiências com as pessoas”, analisa a psicóloga Monica Pessanha.
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Consultorias: Bayard Galvão, psicólogo clínico, hipnoterapeuta e presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo; Monica Pessanha, psicóloga; Júlia Bárány, psicanalista.
Texto: Érika Alfaro/Colaboradora – Entrevista: Victor Santos – Edição: Augusto Biason/Colaborador