Uma boa noite de descanso pode fazer maravilhas pelo seu sistema imunológico! Uma prova disso é o estudo “Sono e imunidade: evidências em voluntários saudáveis e em modelo animal de transplante de pele”, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Instituto do Sono.
Entendendo a pesquisa
Em uma primeira fase do projeto, os pesquisadores dividiram voluntários em três grupos monitorados: no primeiro, os participantes dormiram normalmente; no segundo, ficaram privados do sono por 48 horas (como acontece com quem trabalha em plantão noturno); no terceiro, houve por quatro dias seguidos privação seletiva, com a interrupção do sono na sua fase REM (aquela em que ocorrem os sonhos).
Como era de se esperar, o primeiro grupo não teve alterações no seu perfil imunológico. Por outro lado, aqueles que foram totalmente privados do sono mostraram uma elevação no número de leucócitos e linfócitos, células que reagem às infecções, índices esses que só vieram a se normalizar de novo após três noites de recuperação. Por último, o grupo privado do sono REM mostrou deficiência da imunoglobulina A, presente na secreção de mucosas, que atuam como defesa do corpo contra agentes externos. A segunda fase do estudo, que envolveu enxertos de pele feitos em ratos sob privação de sono, também confirmou a piora na resposta imunológica do organismo.
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