Lidar com estresse é algo muito sério. Por mais que as pessoas, no meio da correria, se acostumem com essa sensação, em certos momentos é bom ligar o alerta: ele pode estar passando dos limites. Entenda!
Quando se preocupar com o estresse?
“O estresse começa a se tornar patológico ou prejudicial quando esse ‘mecanismo de sobrevivência’ é constantemente acionado, levando a um desgaste no corpo e na mente”, indica Rodrigo. “Os mesmos mecanismos que funcionavam a favor do indivíduo, da sua performance diante de uma situação de perigo e ameaça, levam o próprio organismo ao esgotamento”, complementa.
Os sintomas começam mais leves, com eventuais dores de cabeça e noites mal dormidas. Depois, essas ocorrências se tornam mais sérias e frequentes, numa sensação de “dormir, mas não descansar” e irritabilidade constante.
O estado de estresse promove ainda a produção de hormônios como o cortisol, que reduz a atividade do sistema imunológico no geral, e a adrenalina, a qual, como esclarece Ana Maria, “afeta a quantidade de açúcar no sangue, a gordura das células adiposas e é o responsável pelas reações fisiológicas da pessoa como a sudorese, alteração no nível de tensão muscular, na atividade cerebral e na pressão arterial”.
Vale destacar que a adrenalina não é necessariamente ruim — trata-se justamente da questão mencionada anteriormente: elementos do próprio organismo, que antes agiam a favor do seu corpo, passam a ser um problema.
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Texto: Victor Santos – Entrevistas: Karina Alonso e Vitor Manfio/Colaboradores e Natália Negretti
Consultorias: Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (ISMA-BR), copresidente da divisão de saúde ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria (WPA) e diretora da clínica de Stress e Biofeedback (www.anamrossi.com.br); Marina Vasconcellos, psicóloga e terapeuta de casal e familiar; Maura de Albanesi, mestre em psicologia e religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC–SP), em São Paulo (SP); Patricia Mekler, responsável pelo serviço de psicologia do Hospital Sepaco, em São Paulo (SP); Rodrigo Pessanha, psiquiatra.