São muitos os momentos na vida em que nos encontramos emocionalmente abalados e a tristeza toma conta de nossos sentimentos. E, para seguir em frente e superar qualquer obstáculo que apareça em nosso caminho, é fundamental ter uma forte estrutura emocional.
Porém, na prática, infelizmente nem sempre isso é possível. Existem situações extremas em que a tristeza realmente não tem fim — e não se trata de frescura ou algo do tipo, como pensa o senso comum. Esse sofrimento — que não é passageiro — acaba demonstrando um potencial destrutivo impressionante.
Tristeza x Depressão: grandes diferenças
“A tristeza é um sentimento natural do ser humano, e faz parte da vida de uma pessoa, quando, por exemplo, ela se vê diante de uma perda ou de uma nostalgia”, explica a psicanalista Beatriz Breves. “Sendo um sentimento natural, ela inclusive auxilia no desenvolvimento emocional do indivíduo”, exemplifica, já que a pessoa consegue sair desse estado de tristeza e cada vez mais aprende a administrar a realidade e as suas próprias emoções.
Porém, quando o negativismo atinge níveis alarmantes, impedindo que a pessoa saia do estado de inércia, estamos diante de uma enfermidade. “Um indivíduo que está em um quadro depressivo não tem energia psíquica suficiente para lidar com o mundo externo, e nem para fazer o enfrentamento de uma realidade penosa — o que faz com que ela fique por muito tempo e muito mais intensamente afetada pelo sofrimento”, descreve a professora de psicologia Valéria Lopes da Silva.
LEIA TAMBÉM
- Tira-dúvidas: 5 questões sobre depressão
- Mulheres têm o dobro de chances de desenvolver depressão
- Depressão: veja quais são os tipos!
Consultorias: Beatriz Breves, psicanalista, fundadora e presidente da Sociedade da Ciência do Sentir, no Rio de Janeiro (RJ); Carlos Esteves, psicólogo especialista em análise do comportamento; Carolina Careta, psicóloga clínica; Valéria Lopes da Silva, professora do curso de psicologia da Faculdade Anhanguera de Anápolis (GO).
Texto: Victor Santos – Entrevistas: Ricardo Piccinato – Edição: Augusto Biason/ Colaborador