Sacolas e mais sacolas a cada vez que vai ao shopping ou que passeia pelo centro da cidade. Muito dinheiro que vai embora para sanar um único desejo: comprar, comprar e comprar. E, na maioria dos casos, são produtos que sequer serão utilizados uma única vez. Identificou-se com esse impulso e sente um misto de prazer e culpa após as compras?
Pois é, você pode estar desenvolvendo um transtorno e ser diagnosticado como mais um dos milhares de compradores compulsivos. Confira a seguir os sintomas e possíveis tratamentos desse transtorno, também conhecido como oniomania.
Possíveis sintomas
Observe alguns dos sintomas abaixo e fique atento para saber se você pode ser um comprador compulsivo.
– Pensamentos constantes sobre compras;
– Consumir para aliviar sensações ruins;
– Perder o controle do tempo enquanto faz compras;
– Gostar de ir às compras sozinho para evitar repreensão;
– Dificuldade de resistir ao impulso de comprar;
– Prejudicar pessoas e a própria vida em função do consumo exagerado;
– Necessidade de adquirir qualquer objeto, mesmo produtos desnecessários;
– Gastar mais do que o planejado em muitas ocasiões;
– Permanecer sempre endividado.
Colocando um basta nas compras compulsivas
Quando esses problemas se tornam reais no dia a dia, ou ainda se o compulsivo começa a mentir para a família e para os amigos sobre seus comportamentos e a quantia real que gastou, chegando até mesmo a esconder os produtos, é hora de procurar ajuda profissional.
O tratamento se dá “pela associação de dois tipos de métodos disponíveis: medicações e psicoterapias”, esclarece Sérgio. “Esse tratamento baseia-se essencialmente na utilização de alguns medicamentos antidepressivos, tais como os inibidores seletivos de recaptação da serotonina e alguns antidepressivos tricíclicos, além da terapia cognitivo-comportamental e de grupos de ajuda”, indica Rodrigo.
Dificilmente o indivíduo se identifica como um compulsivo. Na maioria das vezes, são as pessoas mais próximas a ele que conseguem vê-lo como tal, e o apoio é fundamental para que o tratamento surta efeito. “O entendimento e a aceitação por parte do indivíduo e de seus familiares, junto a medidas de tratamento e suporte social, são capazes de modificar esse quadro. Entender é tratar”, conclui o psiquiatra.
LEIA TAMBÉM:
Texto: Andrey Seisdedos/Colaborador – Edição: Victor Santos
Consultorias: Renata Maransaldi, psicóloga e coach financeira; Rodrigo Pessanha, psiquiatra; Sergio Lima, psiquiatra e diretor da Clínica Spatium, em São Paulo (SP).