A Organização Mundial da Saúde (OMS) produz uma lista em que calcula quais as enfermidades mais provocam incapacitação em todo o planeta. A OMS leva em consideração o número de doentes e as restrições mentais e físicas que esses quadros provocam — que justamente fazem com que as pessoas se dediquem menos às atividades diárias.
E, no topo dessa lista, se encontra a depressão: as informações indicam que foram 76,4 milhões de anos perdidos para essa doença, devido às limitações ocasionadas por esse transtorno. A OMS aponta que 7% da população mundial apresenta quadros depressivos atualmente.
Tipos de depressão
A depressão pode ser dividida em diferentes tipos, de acordo com sua causa, duração ou sintomas apresentados. Conheça três tipos comuns do distúrbio mental:
- Depressão pós-parto: trata-se de uma combinação de sentimentos que a mulher pode enfrentar após dar à luz. “Mistura-se frustração, medo, angústia, impotência, baixa autoestima e a forma que a mãe lida com a família e a sociedade, somada à própria história de vida dela”, sintetiza a psicóloga clínica Carolina Careta. Tudo isso é potencializado depois do parto e acaba, em muitos casos, levando ao isolamento social. “A mãe acaba deixando de permitir que outras pessoas cheguem perto do filho ou o inverso, em que não consegue pegá-lo no colo ou amamentar”, aponta.
- Depressão psicótica: a psicanalista Beatriz Breves relata esse transtorno como “quando se manifestam sintomas psicóticos como alucinações, escuta de vozes ameaçadoras, delírios e a interpretação incoerente da realidade, por exemplo, achar que está sendo perseguido por alguém. Entre outros sintomas, a pessoa apresenta disfunção cognitiva, incapacidade de sentir prazer e perda do interesse pelas coisas”.
- Depressão sazonal: mais comum em países frios, e também é conhecida como depressão de inverno. “Seria aquela pessoa que, por exemplo, com a chegada do inverno, dorme e come muito mais do que o seu habitual e, sentindo-se desmotivada, se isola das pessoas, apresentando cansaço, irritabilidade, enfim, sentindo infelicidade”, comenta Beatriz.
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Consultorias: Beatriz Breves, psicanalista, fundadora e presidente da Sociedade da Ciência do Sentir, no Rio de Janeiro (RJ); Carlos Esteves, psicólogo especialista em análise do comportamento; Carolina Careta, psicóloga clínica; Valéria Lopes da Silva, professora do curso de psicologia da Faculdade Anhanguera de Anápolis (GO).
Texto: Victor Santos – Entrevistas: Ricardo Piccinato – Edição: Augusto Biason/ Colaborador