O universo da estética vive um momento de grande transformação. Avanços tecnológicos têm mudado não apenas os resultados obtidos em consultório, mas também como as pessoas se relacionam com sua aparência. Mesmo assim, procedimentos estéticos como a mamoplastia ainda são cercados de alguns mitos que levam as pacientes a tomarem decisões precipitadas que podem acabar trazendo prejuízos para a saúde. Para esclarecer alguns deles, consultamos a cirurgiã plástica Luiza Hassan, especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que desmistificou as crenças mais comuns sobre a cirurgia.
1. Em toda mamoplastia ocorre a perda de sensibilidade
Perder a sensibilidade nas mamas após uma mamoplastia ou mastopexia é uma preocupação comum. Segundo a cirurgiã, pode ocorrer uma alteração na sensibilidade da região, mas a maioria das mulheres eventualmente recupera a sensibilidade normal nas mamas ao longo do tempo. “Pode ocorrer uma alteração de sensibilidade, que, geralmente, costuma ser temporária, mas relacionada a cicatrizes, especialmente à cicatriz periareolar e ao inchaço da mama, mas isso costuma ser restabelecido no prazo de algumas semanas a poucos meses”, diz.
2. Prótese de silicone corrige flacidez
O objetivo da prótese de silicone não é corrigir os casos de flacidez nas mamas. “Algumas pacientes acreditam nisso, tentando evitar cicatrizes nas mamas, mas é mito. Quando existe excesso de pele, a gente precisa restaurar o formato da mama com a mastopexia. A prótese isoladamente, nesse caso, só vai deixar a mama muito mais pesada, favorecendo uma queda muito maior”, explica Luiza.
3. O volume da prótese precisa ser grande para o resultado ficar bonito
O tamanho da prótese não quer dizer que as mamas irão ficar mais ou menos bonitas. De acordo com a cirurgiã, é possível obter resultados satisfatórios com volumes pequenos. “Não podemos esquecer que, quanto maior a prótese, mais pesada ela é e mais ela vai romper os ligamentos naturais, porque a lei da gravidade vai continuar puxando o tecido para baixo. Na verdade, a prótese muito pesada acaba favorecendo uma queda muito maior da mama e outras complicações”, pontua.
