Nesta quinta-feira, 31 de julho, é comemorado o Dia Mundial do Orgasmo. A data foi criada na Inglaterra por uma rede de sex shops com objetivo de celebrar o prazer e quebrar tabus relacionados ao tema.
Embora as discussões sobre sexualidade tenham avançado, o orgasmo ainda continua sendo um assunto cercado por crenças equivocadas e expectativas pouco realistas, principalmente quando se trata do prazer sexual feminino.
Para reverter esse cenário, falar abertamente sobre prazer é essencial. Por isso, os sexólogos Natali Gutierrez e Renan de Paula, fundadores da sextech brasileira Dona Coelha, elencam os cinco principais mitos sobre o orgasmo e explicam por que é tão importante falar sobre o assunto com naturalidade.
1. Toda relação sexual precisa terminar com orgasmo
Não necessariamente. Sexo é conexão, intimidade e prazer e nem sempre envolve um final “com fogos de artifício”. Aliás, a pressão por atingir o clímax pode até atrapalhar a experiência. “O orgasmo não é um troféu. Quando o sexo vira obrigação, perde-se o melhor dele: a entrega ao momento”, comenta Natali.
2. Orgasmo vaginal é mais “completo” que o clitoriano
Essa ideia é infundada. O clitóris é o principal órgão do prazer feminino e está presente na imensa maioria dos orgasmos. De acordo com os especialistas, a noção de hierarquia entre tipos de orgasmo reforça inseguranças desnecessárias. “Não existe orgasmo superior. Essa ideia desconecta as mulheres do próprio corpo e alimenta frustrações”, reforça Renan.
3. Vibradores atrapalham a vida sexual
Ao contrário do que se pensa, os vibradores são ferramentas de autoconhecimento, assim contribuem com a autoestima e conexão com o corpo individualmente ou em casal. Por isso, podem melhorar a vida sexual. “A mulher que se conhece se comunica melhor com a parceria. O vibrador pode ser um facilitador de prazer, nunca um problema”, diz Natali.
4. Homens sempre têm orgasmo durante o sexo
Nem sempre. Estresse, insegurança, pressões externas ou internas, por exemplo, podem interferir no desempenho e prazer masculino, que também precisa ser acolhido com compreensão. “É hora de desconstruir a ideia de que o homem é uma ‘máquina’ do desejo. Todo mundo tem dias bons e dias difíceis”, lembra Renan.
5. Falar sobre orgasmo é constrangedor
Falar sobre o orgasmo é importante para a saúde sexual e bem-estar, tanto para homens quanto para mulheres. Portanto, quanto mais natural for essa conversa, mais leve e saudável será a relação com o corpo, o prazer e o outro. “O orgasmo é um direito, não um luxo, e o conhecimento é o melhor caminho para acessá-lo com liberdade e saúde emocional”, conclui Natali.
