Neste mês, a campanha Setembro Amarelo reforça a discussão sobre temas relacionados à saúde mental, inclusive a materna. Isso porque, as mulheres são grandes vítimas do estresse gerado pelas transformações que chegam com a maternidade.
De acordo com Karla Cerávolo, psicóloga obstétrica e coordenadora do curso de pós-graduação em psicologia perinatal e obstétrica do Instituto Suassuna, contar com uma rede de apoio é essencial para as mães tanto durante a gestação quanto após o parto e os primeiros anos de vida do bebê.
“Essa rede pode ser composta por familiares, amigos, profissionais de saúde e outras pessoas que possam dar assistência à mãe”, explica a diretora da Organização De Umbiguinho a Umbigão.
Segundo a psicóloga, a maternidade pode ser uma experiência com muitos desafios emocionais. Assim, contar com ajuda pode ser fundamental para lidar com o estresse, a ansiedade e a sensação de isolamento nesta fase.
“A maternidade pode ser uma experiência muito solitária, por isso muitas mães sofrem do ponto de vista psicológico e não sabem a quem pedir auxílio. Inclusive, uma rede de apoio também pode incluir pessoas que já passaram pela experiência da maternidade para compartilhar experiências e orientações”, afirma.
Apoio na criação dos filhos
A especialista reforça que, além da questão mental, existe o cansaço físico que contribui para o esgotamento emocional da mulher. “Por essa razão, quando uma mãe conta com uma rede de apoio ela também pode ter auxílio em tarefas práticas, como os cuidados com o bebê, enquanto ganha tempo para descansar um pouco e cuidar de si mesma”, complementa.
O compartilhamento das responsabilidades da maternidade pode ajudar a aliviar a pressão que as mães costumam sofrer. Portanto, uma rede de apoio tende a auxiliá-las a se sentirem mais confiantes e menos sozinhas. Isso ajuda a tornar a experiência de ter filhos mais saudável para as mulheres.