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Veja como proteger crianças e adolescentes na internet
Veja como proteger crianças e adolescentes na internet - Shutterstock

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Segurança na internet: saiba como proteger crianças e adolescentes

Muitos pais e responsáveis não conhecem todos os recursos que ajudam a proteger crianças e adolescentes na internet

Que o uso excessivo e sem limites da internet por crianças e adolescentes pode ser perigoso não é nenhuma novidade. Para além dos malefícios do vício em telas no geral, a internet apresenta riscos por conta de pessoas mal-intencionadas que podem contatar os jovens e crianças por esse meio.

“Assim como ensinamos às nossas crianças a não falar com estranhos na rua, temos que agora ensiná-las a como se comportar na internet. Atualmente, pais e responsáveis devem trabalhar no letramento digital, supervisionando as atividades e ensinado a dinâmicas mercadológicas”, comenta Irmāo Valdir Gugiel, diretor do Centro Marista de Defesa da Infância e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santa Catarina

Mas como fazer isso? A seguir, veja 4 dicas para proteger crianças e adolescentes na internet:

Faça monitoramento e controle parental

De acordo com a pesquisa da TIC Kids Online Brasil, 98% das crianças e adolescentes acessam a internet usando o celular. Dessa forma, ter um certo controle sobre esses aparelhos é importante.

Clemilson Graciano da Silva, especialista de Proteção do Marista Brasil, recomenda que as redes sociais só sejam permitidas a partir dos 13 anos e que os pais usem o “controle parental”. Essa ferramenta, presente em muitos dispositivos conta com recursos para filtrar aplicativos ou determinar com quem a criança ou o adolescente pode entrar em contato.

Apesar de esses recursos estarem na maioria dos aparelhos, muitos pais ainda não os usam. Além de começar a utilizá-los, você também deve ficar de olho às indicações etárias de qualquer jogo ou aplicativo que seu filho for baixar.

Fique alerta a situações ofensivas

Três a cada dez crianças e adolescentes vivenciaram situações ofensivas, que não gostaram ou os chatearam na internet. Caso não tenha uma ação por parte do responsável, Bárbara Pimpão, gerente do Centro Marista de Defesa da Infância, explica que alguns casos podem evoluir para cyberbullying.

“Crianças e adolescentes que estão sendo expostas repetidamente a mensagens que tem o objetivo de assustar, envergonhar ou enfurecer podem sofrer consequências psicológicas, físicas e sociais, como baixa autoestima, depressão, transtornos de ansiedade e insônia”, comenta.

Assim, é fundamental criar um canal de contato com um adulto de confiança para que essas agressões cheguem aos responsáveis e eles possam agir. Isso pode ser feito denunciando o usuário, bloqueando o contato e, em alguns casos, até acionando as autoridades.

Vale lembrar que também é essencial orientar seu filho para que ele não seja quem pratica esse cyberbullying com outras crianças.

Explique sobre os perigos do contato com estranhos

Explique, de uma forma que a criança ou adolescente entenda, quais os perigos de ter contato com estranhos na internet. Oriente-os a não fornecer informações pessoais para pessoas que não conhecem, não mandar fotos ou ligar a câmera e nem aceitar convites em redes sociais ou jogos.

Deixe claro também que, caso alguém peça que a criança faça isso, ela deve avisar, para que você possa denunciar o usuário. Uma outra boa recomendação para as crianças e adolescentes é usar nicknames em jogos que não revelem seus nomes verdadeiros.

Converse sobre o uso excessivo da internet

Quase um quarto (24%) das crianças e adolescentes que participaram da pesquisa TIC Kids Online Brasil relataram que gostariam de passar menos tempo na rede, mas não conseguem.

O levantamento apontou também que 22% dos entrevistados já se viram navegando na internet sem realmente estar interessado em nada. E 22% das crianças e adolescentes afirmaram que já ficaram muito tempo navegando e que isso os impediu de fazer a lição de casa ou de passar mais tempo com a família e os amigos. Bárbara reforça que, assim como em casos de violência online, o trabalho de conscientização é o melhor caminho.

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