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Após análise de mais de 221 mil mulheres, pesquisa constatou que aquelas que já usaram a pílula apresentaram um risco 26% menor de câncer de ovário
Estudo aponta que pílula anticoncepcional pode reduzir risco de câncer de ovário - Foto: Shutterstock

Saúde

Anticoncepcional pode reduzir risco de câncer de ovário, aponta estudo

Após análise de mais de 221 mil mulheres, pesquisa apontou que aquelas que já usaram a pílula apresentaram um risco 26% menor de câncer de ovário

Uma pesquisa recente realizada pela Universidade do Sul da Austrália, publicada no International Journal of Gynecological Cancer, revelou que o uso de pílulas anticoncepcionais está associado a uma redução significativa no risco de câncer de ovário

O estudo utilizou técnicas avançadas de análise de dados para examinar informações de mais de 221 mil mulheres. Após análise, os pesquisadores identificaram que as mulheres que já usaram contraceptivos orais tinham um risco 26% menor de desenvolver a doença. Para mulheres que interromperam o uso após os 45 anos, a redução do risco foi ainda mais expressiva, chegando a 43%.

Alexandra Ongaratto, médica especializada em ginecologia endócrina e climatério e diretora técnica do Instituto GRIS, comenta que “esses dados reforçam o que já observamos na prática clínica: o uso de contraceptivos orais pode ter um efeito protetor contra o câncer de ovário. No entanto, é fundamental que cada paciente seja avaliada individualmente, considerando seu histórico de saúde e fatores de risco”.

Câncer de ovário no Brasil

No Brasil, o câncer de ovário é conhecido por sua alta taxa de mortalidade. Em muitos casos, a doença é diagnosticada em estágios avançados devido à ausência de sintomas específicos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados cerca de 6.650 novos casos por ano no país.

A médica destaca a importância da conscientização. Para ela, “é essencial que as mulheres estejam cientes dos benefícios e riscos associados ao uso de anticoncepcionais. A decisão sobre o método contraceptivo deve ser tomada em conjunto com o médico, levando em conta não apenas a prevenção da gravidez, mas também os efeitos a longo prazo na saúde”.

Além dos anticoncepcionais orais, outros fatores também podem influenciar o risco de câncer de ovário. A gravidez e a amamentação, por exemplo, estão associadas a uma redução no risco da doença. Por outro lado, a infertilidade e a ausência de filhos podem aumentar esse risco.

Relação da pílula com câncer no ovário

A pesquisa australiana também sugere que a supressão da ovulação, proporcionada pelos contraceptivos orais, pode ser um dos mecanismos responsáveis pela redução do risco de câncer de ovário. A teoria é que cada ovulação provoca uma pequena inflamação no ovário, e a redução do número de ovulações ao longo da vida poderia diminuir o risco de mutações celulares que levam ao câncer.

“É importante lembrar que, embora os anticoncepcionais possam oferecer benefícios adicionais, eles também têm contraindicações e possíveis efeitos colaterais. Por isso, a escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada e orientada por um profissional de saúde”, conclui Alexandra Ongaratto.

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