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Disfarçado de inofensivo, o cigarro eletrônico preocupa especialistas pela rápida popularização entre jovens e riscos graves à saúde
Uso de cigarros eletrônicos por jovens se torna preocupação de saúde pública - Foto: Shutterstock

Saúde

Confira 5 mitos e verdades sobre os cigarros eletrônicos

Disfarçado de inofensivo, o cigarro eletrônico preocupa especialistas pela rápida popularização entre jovens e riscos graves à saúde

O uso de cigarro eletrônico entre os jovens tem preocupado autoridades de saúde devido aos riscos que o dispositivo oferece à saúde. Também conhecido como vape, o aparelho funciona por meio de uma bateria que aquece um líquido contendo nicotina e outras substâncias químicas, gerando vapor que simula a fumaça do cigarro tradicional, oferecendo ao usuário uma experiência semelhante ao ato de fumar.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), adolescentes que utilizam cigarros eletrônicos têm maior propensão a se tornarem fumantes na vida adulta. Já o Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que o uso de vapes aumenta em mais de quatro vezes a chance de um não fumante migrar para o cigarro comum.

“Esses dispositivos se espalharam com uma rapidez impressionante e hoje estão presentes em festas, escolas, ambientes sociais e até dentro de casa. Isso amplia o risco de normalização do hábito e reforça o potencial viciante dos vapes”, alerta William Nassib William Jr., líder nacional da especialidade tumores torácicos da Oncoclínicas&Co.

Para ajudar na conscientização sobre os riscos do uso de vape para a saúde, o profissional esclareceu, abaixo, alguns mitos e verdades sobre os cigarros eletrônicos. Veja:

1. Cigarro eletrônico é uma alternativa segura ao cigarro tradicional?

MITO. Apesar da crença de que os vapes seriam menos prejudiciais, a verdade é que eles contêm nicotina e uma série de outras substâncias tóxicas. “Os danos à saúde respiratória e cardiovascular são significativos e, em muitos casos, comparáveis aos causados pelo cigarro tradicional”, ressalta o especialista.

2. O cigarro eletrônico é menos prejudicial ao corpo do que o cigarro tradicional?

MITO. Embora não haja combustão como no cigarro convencional, os líquidos aquecidos liberam compostos tóxicos, incluindo metais pesados e formaldeído. 

3. Os cigarros eletrônicos são regulamentados e seguros para uso?

MITO. No Brasil, a comercialização de cigarros eletrônicos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), justamente pelos riscos à saúde e pela falta de evidências científicas sobre sua segurança. “Produtos adquiridos ilegalmente podem conter substâncias em concentrações imprevisíveis, tornando seu uso ainda mais perigoso”, comenta o oncologista.

4. Usar cigarros eletrônicos causa dependência?

VERDADE. A maioria dos dispositivos contém nicotina, que é altamente viciante. Além disso, o uso contínuo, especialmente entre adolescentes, aumenta a vulnerabilidade à dependência. “Estamos vendo um retrocesso nas conquistas contra o tabagismo justamente por conta da popularização desses dispositivos”, observa William. 

5. Existe o risco de explosão?

VERDADE. Casos de explosões envolvendo cigarros eletrônicos foram documentados, com vítimas sofrendo queimaduras e lesões físicas. Segundo o INCA, o problema está relacionado principalmente a falhas nas baterias dos dispositivos, frequentemente de origem e qualidade duvidosa.

Desafio para a saúde pública

A falsa sensação de segurança e o apelo visual dos cigarros eletrônicos criaram um novo desafio para a saúde pública. A comunidade médica, incluindo sociedades internacionais de oncologia e pneumologia, tem se mobilizado para alertar sobre os perigos do produto. “Precisamos desmistificar a imagem de que o vape é inofensivo. Estamos diante de um dispositivo que, muitas vezes, dá início a uma jornada de dependência e danos à saúde que pode se estender por toda a vida”, finaliza William Nassib William Jr.

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