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Especialistas explicam cuidados que devem ser tomados para preservar o bem-estar da mãe e do bebê durante o puerpério
O período após o parto exige atenção e cuidados redobrados - Foto: Shutterstock

Saúde

Puerpério: veja cuidados com a saúde física e mental após o parto

Especialistas explicam cuidados que devem ser tomados para preservar o bem-estar da mãe e do bebê durante o puerpério

A chegada de um bebê é sinônimo de felicidade e muito afeto, mas também vem acompanhado de muitas dúvidas e insegurança para as novas mamães. Além de uma nova rotina que envolve pouco descanso e muita responsabilidade, as mulheres também passam por mudanças significativas no corpo e nem sempre tem apoio. E esse misto de sentimentos pode afetar a saúde mental e desencadear problemas que prejudicam o bem-estar da mãe e do bebê.

O puerpério é o intervalo iniciado com o nascimento da criança. Ele se estende até seis semanas, quando ocorre o retorno das características físicas pré-gravídicas no corpo da mãe. A ginecologista e obstetra Daisy Martins Rodrigues, professora da UNIBH/Inspirali, explica que a mulher passa por diversas mudanças físicas, hormonais e emocionais. Por isso cuidar da saúde nesse período é fundamental . 

“Este começo pode vir de forma tranquila para algumas mulheres, mas de forma conturbada para outras. Isto pode estar associado a questões como alteração do corpo, da rotina do sono, da alimentação, dos hábitos diários e da adaptação com o novo eixo familiar”, aponta Jacqueline Braga Pereira, médica ginecologista, obstetra e professora adjunta de medicina na UNIBH/Inspirali. 

Complicações após o parto

Complicações puerperais podem ocorrer logo após o nascimento do bebê ou até seis semanas após o parto, com gravidade variável conforme a via de parto, presença de doenças pré-existentes, idade materna, dentre outros fatores associados. Por isso, é fundamental que a mulher fique atenta a sinais como febre, sangramento intenso, corrimento com odor desagradável ou dificuldade para respirar. Esses sintomas podem indicar problemas que exigem atenção médica imediata.

Entre as complicações mais comuns que podem acontecer estão: infecção no útero (endometrite), vias urinárias, cicatriz da cesárea ou episiotomia; hemorragia pós-parto; tromboembolismo, ou seja, maior risco de formação de coágulos nas pernas ou pulmões, especialmente após cesáreas ou imobilização prolongada; mastite e abscesso mamário e alteração emocional transitória, leve até mais grave e persistente. 

Episódios depressivos também podem ocorrer semanas após o nascimento do bebê, caracterizados por tristeza profunda, falta de energia, alterações no sono e apetite, dificuldade de criar vínculo com a criança e pensamentos negativos, inclusive sobre si mesma ou o próprio filho. As causas envolvem fatores hormonais (queda brusca de estrogênio e progesterona), sobrecarga física e emocional, falta de apoio, histórico de depressão e estresse com as mudanças da maternidade. 

Para lidar com esses problemas, o apoio familiar é muito importante tanto para o suporte à mãe quanto para os cuidados com o recém-nascido. Porém, quando a puérpera enfrenta choro fácil, irritabilidade excessiva, sensação de impotência ou histórico de depressão ou transtornos mentais, um acompanhamento psicológico ou psiquiátrico é imprescindível. “A identificação precoce de sintomas iniciais na gestação e no pós-parto são consideradas a melhor maneira de prevenir complicações como depressão grave”, destaca Jacqueline Braga. 

Cuidados físicos e mentais

O acompanhamento médico no puerpério é fundamental para garantir a recuperação adequada da mãe e prevenir complicações. “O tempo indicado e a frequência das consultas podem variar conforme a via de parto (normal ou cesárea), presença de comorbidades e intercorrências durante o parto”, orienta a ginecologista Daisy Martins Rodrigues. Entre os cuidados pós-parto estão:

  • Manter o acompanhamento médico após o parto para avaliação do útero, cicatrização (em casos de cesárea, realização de episiotomia no parto vaginal e sutura de lacerações que porventura ocorreram), mamas, pressão arterial, alterações emocionais e possíveis sinais de infecção; 
  • Cuidado com a amamentação, verificando a “pega correta” do bebê para evitar fissuras nos mamilos; 
  • Manter hidratação adequada e alimentação rica em nutrientes; 
  • Manter uma rotina com hábitos que contribuem para a promoção da saúde mental; 
  • Discutir métodos contraceptivos com o médico, pois a ovulação pode voltar mesmo antes da primeira menstruação
  • Acompanhar as imunizações, realizando revisão do cartão de vacinação e, caso necessário, completar as vacinas que faltam e os esquemas por vezes iniciados antes da gestação.

Após o parto, as mulheres vão, aos poucos, retomando a rotina. Atividades leves como cuidados com a casa e família podem ser retomadas em algumas semanas. Exercícios físicos leves, como caminhadas curtas e exercícios de alongamento, podem ser realizadas após 10 ou 15 dias. Já atividades de fortalecimento, como musculação, podem ser feitas depois de 45 a 60 dias. É possível voltar a dirigir após 7 a 10 dias. A volta à rotina completa deve respeitar o ritmo e o bem-estar da mãe.

Além disso, é importante ter atenção à alimentação no puerpério, mas o foco não deve ser em fazer dieta restritiva para emagrecer, e sim em nutrir o corpo para a recuperação física, o equilíbrio hormonal e a produção adequada de leite. “A alimentação adequada no puerpério auxilia o corpo a se recuperar do parto, favorece a cicatrização, mantém a produção do leite materno, previne constipação, anemia e infecções, contribui para o equilíbrio hormonal. A perda de peso deve ser gradual e guiada por um nutricionista, especialmente durante a amamentação”, finaliza Daisy Martins Rodrigues.

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