As comidas de festa junina são uma delícia, e uma das melhores partes da festança, não é mesmo? Porém, segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia, cerca de 30% dos adultos no Brasil sofrem de refluxo, correspondendo a 50 milhões de pessoas. Então, para muitas dessas pessoas, fica a dúvida: o que eu não devo comer no arraiá?
Se você também está com essa dúvida, é importante saber que alguns dos campeões, quando o assunto são as comidas de festa junina que causam refluxo, são:
- Canjica (o açúcar e as gorduras presentes como creme de leite e leite condensado, que podem relaxar o esôfago inferior e retardar o esvaziamento gástrico)
- Pé de Moleque (rico em gorduras e açúcar, contribui para o aumento da pressão no estômago e da produção de ácido)
- Pipoca (quando preparada com excesso de gordura, pode irritar o estômago e dificultar a digestão)
- Bolo de Milho (O milho, por si só, não é o problema. O cuidado deve ser com o açúcar, a gordura e o leite presente na receita, que favorecem o refluxo)
- Quentão (bebida quente e açucarada, pode estimular a produção de ácido estomacal)
Vale ressaltar que não é apenas o que você come que causa refluxo, mas também quando. O ideal é evitar refeições pesadas próximas ao horário de dormir, já que se deitar logo após comer pode aumentar significativamente o refluxo.
Agora que você já sabe algumas comidas de festa junina que causam refluxo, veja a seguir um pouco mais sobre a doença:
A importância do diagnóstico e tratamento do refluxo
“O refluxo gastroesofágico é uma doença digestiva que consiste no retorno do conteúdo estomacal para esôfago, causando queimações e desconfortos na parte superior do abdômen e peito. Quando essa condição se encontra em uma fase crônica, pode evoluir para câncer de esôfago, principalmente se não for tratado de forma adequada”, explica o Dr. Eduardo Grecco – Gastrocirurgião e Endoscopista e Professor de Medicina da Faculdade do ABC.
Um dos diagnósticos mais comuns na gastroenterologia, a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) tem dois subtipos. Com essa nova divisão, formulada por um estudo do The American Journal of Gastroenterology, o refluxo pode ter diagnósticos mais precisos sobre os graus de lesões e formas de tratamento.
Identificar corretamente o subtipo de refluxo é essencial para otimizar o tratamento. Essa abordagem permite que os médicos associem os resultados dos exames aos diferentes subtipos da doença, contribuindo para uma terapia mais eficaz.
Ao ter diagnóstico e tratamento negligenciados, esse desgaste pode causar inflamações que alteram os tecidos do esôfago. O retorno do ácido do estômago para o tubo alimentar pode causar irritações na mucosa, estreitamento do esôfago, pneumonia e lesões que podem evoluir para o câncer. Úlceras ou estenoses esofágicas também podem indicar inflamação crônica, ou presença de lesões malignas.
