Emprestar dinheiro a amigos pode parecer um gesto de confiança e solidariedade, mas os números mostram que também envolve risco. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto MindMiners, 71% dos brasileiros que emprestaram dinheiro a amigos afirmam não ter recebido o valor de volta dentro do prazo combinado. A informalidade desses acordos e a ausência de garantias tornam os calotes recorrentes e muitas vezes irreparáveis para a amizade envolvida.
O estudo revela ainda que a maioria dos entrevistados sente dificuldade em cobrar a dívida por receio de constranger o amigo. Essa resistência à cobrança contribui para que o inadimplemento se estenda por meses, ou se torne permanente. Para evitar conflitos, as conversas francas sobre a quantia emprestada são necessárias, assim ambos saberão avaliar se o valor cabe no orçamento.
“Uma comunicação clara ajuda a evitar mal-entendidos e reforça a responsabilidade de ambas as partes. No entanto, é importante lembrar que o credor deve estar preparado para lidar com as possíveis consequências dessa decisão”, reflete o educador financeiro Fernando Lamounier, que compartilha quatro dicas para emprestar dinheiro a amigos sem prejuízo.
1. Reflita antes de dizer sim
Avalie se o valor solicitado compromete seu orçamento. Se houver risco de instabilidade financeira, é melhor recusar. Avalie se o valor está dentro das suas condições e não faltará no orçamento dos próximos meses.
2. Formalize, mesmo que informalmente
Combine por escrito o valor, prazo de devolução e forma de pagamento. Um simples registro por mensagem já ajuda a evitar mal-entendidos.
3. Estabeleça limites claros
Deixe claro que aquela ajuda é pontual e que você conta com a devolução no prazo acordado. Isso reforça a seriedade do compromisso, evita desgastes na amizade e ainda fortalece o senso de responsabilidade.
4. Cobre com respeito e firmeza
Evite confrontos. Prefira abordagens diretas, como: “Você tem previsão para o pagamento?”. Isso demonstra respeito e responsabilidade mútua.
