Com o avanço da idade, é comum que a saúde do cérebro já não seja exatamente a mesma de quando era jovem. Coisas como esquecer onde deixou as chaves e sair para o mercado e voltar sem alguns dos itens que foi comprar são normais e podem não indicar nada de errado. Porém, é sempre importante ficar de olho para que isso não se torne algo frequente e mais grave.
E, para preservar a saúde do cérebro na velhice, é essencial começar a tomar algumas medidas desde o mais cedo possível. A seguir, Carlos Manoel Jacopetti Almeida, médico neurologista e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) campus Londrina, destaca cinco práticas que ajudam a manter o cérebro ativo:
Mantenha-se socialmente ativo
O isolamento prolongado é um fator de risco para o desenvolvimento de demências, como o Alzheimer. Ter uma rede de apoio, manter bons relacionamentos e participar de atividades sociais — como grupos comunitários ou de interesse comum — é essencial para estimular o cérebro e preservar a saúde mental ao longo dos anos.
Estimule o cérebro com novos aprendizados
Para que você consiga preservar a saúde do cérebro na velhice, precisa dar a ele desafios constantes. Aprenda uma nova língua, resolva jogos de lógica, pratique trabalhos manuais, toque um instrumento… tudo isso vai ajudar a reforçar a capacidade cognitiva de prevenir o declínio mental.
Pratique atividade física regularmente
De acordo com edição recente da Revista Lancet (2024), que revisou na literatura os fatores de risco modificáveis e com relevância estatística para demência, o ideal é praticar pelo menos 200 minutos de atividade física por semana — cerca de 3 horas e 20 minutos.
Essa prática não é um limite máximo, mas sim um ponto de partida. Exercitar-se com maior frequência, como cinco vezes por semana, pode trazer ainda mais benefícios.
Cuide da saúde do coração
Fatores cardiovasculares têm impacto direto sobre o funcionamento do cérebro. Manter a pressão arterial e o colesterol sob controle, prevenir o diabetes, manter o peso adequado, evitar o fumo e reduzir (ou eliminar) o consumo de álcool são algumas das medidas fundamentais para proteger a memória.
Não descuide da visão e da audição
Por fim, uma coisa que pode afetar muito a capacidade cognitiva e muitos não sabem é a perda sensorial. Assim, tenha cuidado com problemas de visão e audição. Sempre que necessário, use óculos e aparelhos auditivos e consulte especialistas.
