Você sabia que os pets também podem sofrer com problemas articulares? Pois é – e, assim como no caso dos humanos, a situação pode piorar nos dias de frio e no inverno. Contudo, é possível prevenir esses quadros ou, pelo menos, minimizá-los tomando algumas medidas simples, porém eficazes.
As baixas temperaturas podem causar rigidez muscular e articular, tornando os movimentos mais dolorosos e difíceis. Por isso, é essencial manter os pets aquecidos, evitar exposição prolongada ao frio e estimular movimentações leves, mas regulares, para manter a lubrificação natural das articulações. Camas mais confortáveis, cobertores e roupas específicas para pets também podem ajudar a preservar o bem-estar articular nessa época do ano.
Vale lembrar que a articulação dos pets tem mais probabilidade de apresentar problemas em animais mais idosos, pois isso ocorre pelo desgaste natural das estruturas que compõem as articulações. Todavia, animais jovens com predisposição genética, deficiência nutricional, excesso de peso ou que tenham sofrido traumas, também podem apresentar doenças articulares.
“De forma geral, os problemas articulares promovem a redução da mobilidade dos animais”, conta Mariana Raposo, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.
No caso dos gatos, eles costumam mascarar mais os sintomas de problemas articulares. Assim, seus sintomas podem não ser tão perceptíveis para qualquer um. Para os tutores destes animais o aumento da agressividade, diminuição da ingestão de água, recusa de alimentos e dificuldade para urinar ou defecar na caixinha de areia podem ser sinais de alerta e devem ser investigados.
A seguir, veja quais os principais problemas que podem acometer a articulação dos pets no inverno e como evitá-los:
Principais problemas na articulação dos pets no inverno
São duas as doenças mais comuns:
- Doença Articular Degenerativa (DAD): é uma enfermidade lenta e progressiva em que ocorre a degradação da cartilagem que recobre as extremidades ósseas e o interior das articulações, e quase sempre está relacionada à idade do animal e ao desgaste natural das estruturas articulares ao longo da vida. Os principais sintomas são rigidez e dificuldade de se levantar e realizar os movimentos mais comuns da rotina diária
- Displasia coxofemoral: A displasia coxofemoral é o desenvolvimento anormal da articulação que envolve o osso do quadril e o fêmur. Ela é pouco comum em gatos, acometendo principalmente raças grandes como o Maine Coon, e mais frequente nos cães de grande porte. As causas da doença são multifatoriais, envolvendo fatores genéticos e ambientais, além de peso e idade, que interferem no desenvolvimento adequado dos ossos desta articulação. Os animais com displasia coxofemoral apresentam mobilidade de quadril reduzida, perda de massa muscular na região de coxa, sentam-se com maior frequência de lado, apresentam dificuldade para realizar atividades comuns como correr, pular, saltar, descer e subir escadas, e podem sofrer quedas repentinas durante caminhadas. Em casos mais avançados de displasia a cirurgia pode ser uma opção.
Como evitar?
Cuidar das articulações dos pets é tarefa importante e deve acontecer durante toda a vida do peludo, começando o quanto antes. Dois pilares importantes são a nutrição e a prática de atividade física leve e regular.
“Fornecer uma nutrição balanceada aos pets auxilia na manutenção adequada do peso do animal, evitando sobrecargas articulares. Suplementos alimentares que contenham condroitina, glicosamina, colágeno e ômega-3 também auxiliam na proteção e no fortalecimento das cartilagens e outras estruturas que compõem as articulações”, declara Mariana.
Já a prática de atividade física leve e regular, segundo ela, auxilia no fortalecimento da musculatura, dos ossos e das articulações. “Além disso, quando realizada junto com o tutor, a atividade física ajuda a estreitar laços e multiplicar a confiança, sendo benéfico para as duas partes”, finaliza.
