Desde a década de 40, o país passou a ter mais casos de morte por doenças crônicas e não transmissíveis – como, por exemplo, as cardiovasculares (DCV) – em relação às taxas de doenças infecciosas. De acordo com o Ministério da Saúde, isso acontece nos países em que o número de idosos é mais expressivo, além de diversos fatores de risco atualmente encontrados, como péssimos hábitos alimentares e falta de exercícios regulares. Esses problemas, por debilitarem o coração, levam ao aumento do risco de infarto e AVC.
Sopro
A partir do estetoscópio do médico é possível ouvir um ruído durante uma avaliação clínica. Essa diferença de som é caracterizada como sopro cardíaco: “Na maior parte das vezes, o sopro é inofensivo e pode desaparecer ao longo da vida. Entretanto, alguns tipos de sopro podem estar relacionados a doenças na estrutura do coração. Portanto, existem dois tipos de sopros: os ‘inocentes’, que são inofensivos, e os patológicos, decorrentes de alterações na estrutura cardíaca, como deformidades congênitas ou adquiridas ao longo da vida, as quais às vezes são necessárias a realização de cirurgias cardíacas para corrigi-las”, explica o cardiologista Luis Augusto Dallan.
Pressão alta
Ao aumentar o trabalho do coração, a hipertensão prejudica a parede dos vasos sanguíneos, além de auxiliar na formação de gordura nas paredes dos vasos. “Também pode causar AVC, uma ruptura de vasos frágeis e elevar o risco de dilatações dos vasos conhecidos como aneurismas”, aponta Hélio Castello, cardiologista.
Hipertireoidismo
A doença tem suas causas originadas na glândula tireoide, localizada na região do pescoço. Ela promove o funcionamento em excesso da glândula, o que aumenta o risco de taquicardias e arritmias. Se não tratada, em casos extremos pode gerar até dilatação do coração.
Dislipidemia
Esse problema se caracteriza pelos altos níveis de colesterol e triglicérides no corpo. “A dislipidemia aumenta as chances de acumular gordura na forma de placas nas paredes dos vasos”, indica Hélio. Apesar das gorduras serem importantes no organismo, em excesso elas podem levar a derrame, infarto ou AVC.
Insuficiência renal
O acúmulo de ureia e amônia no organismo são fatores que aumentam o risco de desenvolver aterosclerose (placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos) e de dilatar as câmaras cardíacas.
Doença de chagas
Esse mal é causado por um protozoário chamado de Trypanosoma cruzi, transmitido pelas fezes de um inseto conhecido popularmente como barbeiro. O protozoário ataca diversos órgãos do corpo, entre eles o coração. “A doença de Chagas pode provocar o enfraquecimento e a dilatação do músculo do coração e, dessa forma, nas fases crônicas, levar o paciente à apresentar insuficiência cardíaca, que é irreversível”, Luis Augusto Dallan, cardiologista da clínica Dalcor.
Em quais casos é necessário operar?
“Existem diversos tipos de cirurgias do coração. Todas elas são realizadas a partir de alguma deformidade do órgão que não possa ser tratada somente com medicamentos”, aponta Luis. As mais comuns são aquelas que inserem pontes de safena e as de implante das artérias mamárias diretamente nas artérias do coração, promovendo o reestabelecimento da circulação dentro do órgão. Isso trata a dor no peito e promove a melhora na contração do coração. Após isso, o paciente pode levar uma vida normal, desde que adote um estilo de vida saudável.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Hélio Castello, cardiologista; Luis Augusto Dallan, cardiologista
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