É fato que a maioria dos casos de câncer diagnosticados em todo o mundo tenham relação com fatores externos, como tabagismo, alimentação inadequada e radiação solar. Porém, o próprio organismo também pode ser o responsável por gerar as temidas células cancerígenas. E, para saber como essa relação pode acontecer, explicamos como essa doença se manifesta no organismo e o que podemos fazer para evitá-la.
Câncer: um inimigo poderoso
Essa doença se refere a um conjunto de mais de 100 tipos de enfermidades que atingem variadas regiões do corpo, desde a pele até os ossos. Para compreender como o câncer se manifesta, imagine a cena: o corpo humano é composto por incontáveis células (estima-se um número em torno de três trilhões), as quais desempenham funções diversas, como reprodução e defesa do organismo. Entretanto, quando algumas delas começam a crescer de maneira desordenada, o problema está formado: elas invadem outros tecidos e órgãos, caracterizando o câncer. Existem muitas causas determinantes para o surgimento dessa doença, podendo ser externas ou internas. “Já sabemos que os hábitos de vida das pessoas têm uma importante participação no surgimento do câncer. Os hábitos alimentares, ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo e o sedentarismo, estão intimamente relacionados com diversos tipos de câncer”, explica o médico oncologista Daniel Fernandes. No entanto, muitas pessoas que possuem uma vida saudável também podem ser diagnosticadas com o problema.
Soma dos fatores
Correria constante no dia a dia, pressões no trabalho e na família, problemas de ordem profissional, financeira ou pessoal… Muitas vezes, o ambiente em que a pessoa está inserida facilita o surgimento de estresse, ansiedade, depressão e outros sentimentos prejudiciais. Segundo Daniel, as doenças físicas derivam não somente de uma disfunção orgânica, como também do ambiente social e da vida psíquica do indivíduo, com seus afetos e relações objetais. “O câncer é multifatorial, e surge através de um ‘defeito’ em uma célula que não foi reconhecido e destruído pelo organismo. Fatores como estresse e depressão podem alterar a resposta imune do organismo e prejudicar a destruição destas células ‘defeituosas’, culminando com o surgimento do tumor”, salienta o especialista. Dessa forma, sempre que alguém tem um estresse ou uma emoção negativa, os hormônios liberados pelo sistema nervoso suprimem o sistema imunológico. Porém, se essa pessoa está com a defesa enfraquecida, fica muito difícil haver a destruição das células cancerígenas ou dos micro-organismos estranhos do corpo.
Prevenir para não remediar
De acordo com o oncologista, a simples mudança no estilo de vida já faz grande diferença. “Caso a população adotasse uma alimentação saudável associada a prática de exercícios físicos regulares, mantendo o peso corporal adequado, cerca de um em cada três casos dos tipos de cânceres mais comuns poderiam ser evitados”. Entre os mais recorrentes na população, Daniel aponta os tumores de mama, próstata, cólon e reto, pulmão, esôfago, endométrio e laringe. E, pelo fato de ser uma doença silenciosa e indolor a princípio, é essencial a realização de exames periódicos, principalmente a partir dos 40 anos. Mesmo sendo um problema grave, descobrir um tumor ainda em seu início aumenta as chances de cura.
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Texto: Redação Alto Astral