O transtorno mental que mais incapacita pessoas no mundo — atualmente, esta é a melhor definição para a depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No começo do século, a previsão da agência era que até 2020 se tornasse a segunda maior causa de incapacidade, mas a doença atingiu essa constatação muito antes que o esperado.
A avaliação mais recente da OMS é que os distúrbios depressivos atingem mais de 350 milhões de pessoas de todas as idades ao redor do mundo. Esse é com certeza um transtorno mais complexo do que um sentimento de tristeza.
O que é?
Classificada como um transtorno mental na quinta e mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-5, sigla em inglês), um dos principais guias psiquiátricos, a depressão abrange, segundo a professora de psicologia Glaucia Guerra Benute, diferentes fatores em seu desenvolvimento, como aspectos biológicos, ambientais e sociais. “Pode estar acompanhada de alterações somáticas (sintomas psicológicos que refletem em sinais físicos) e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento físico, cognitivo e emocional do indivíduo”, completa a profissional.
Os traços da doença têm origem no cérebro uma vez que “ela está ligada a um desequilíbrio químico no órgão, acarretando uma baixa quantidade nos neurotransmissores serotonina e noradrenalina, substâncias ligadas a regulação do humor, estresse e ansiedade”, como explica a psicóloga Márcia Mathias.
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Consultorias: Glaucia Guerra Benute, coordenadora do curso de psicologia do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo (SP); Marcia Mathias, psicóloga, sexóloga, psicopedagoga, hipnoterapeuta clínica, coach, presidente da Ahierj (Associação de Hipnose do Estado do Rio de Janeiro) e vice-presidente da ASBH (Sociedade Brasileira de Hipnose).
Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador — Edição: Augusto Biason/Colaborador