Um cardápio rico em gorduras saturadas, açúcar e carne vermelha pode ter efeito devastador no cérebro. Por isso, não basta incluir produtos saudáveis no dia a dia. É preciso reduzir o consumo de alimentos industrializados: aqueles que não são nada funcionais, que agridem o organismo, são alergênicos e aumentam a produção de radicais livres.
Gorduras saturadas
Esse tipo de substância, proveniente do consumo excessivo de alimentos industrializados, pode acelerar a perda da memória, já que causa processos inflamatórios que afetam o funcionamento das células nervosas. Outra dica importante é não utilizar margarina, óleo de soja ou manteiga para fritar os alimentos. Prefira usar óleo de girassol.
Principais fontes: manteiga, margarina, chocolates hidrogenados, biscoitos, bolachas recheadas, batatas fritas e creme de leite.
Açúcar
Tanto o produto puro – aquele adicionado às colheradas no café ou no suco – quanto o que vem escondido em itens como chocolate, bolachas, bolos e até alimentos salgados pode provocar distúrbios não só nas funções cerebrais, mas no organismo todo. O consumo exagerado de açúcar eleva rapidamente a produção de insulina, desencadeando reações químicas que agridem as células cerebrais. Pesquisa da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, revelou que os altos níveis de açúcar no sangue interferem no tamanho do hipocampo, área do cérebro fundamental para o aprendizado e a memória. Participaram do estudo 30 pessoas com idade entre 53 e 89 anos. Foram analisados a capacidade de processar glicose e o tamanho do hipocampo de cada um, além de testes de memória e conhecimento. O grupo que apresentou alto nível de glicose mostrou um hipocampo menor e teve resultados piores nos testes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de açúcar permitida para uma pessoa saudável é de até 3 colheres (sopa) por dia. No entanto, o brasileiro costuma consumir até 11 colheres.
Principais fontes: açúcar refinado, leite condensado e chantilly.
Carne vermelha
O consumo excessivo de carne vermelha pode estimular a produção de substâncias tóxicas para os neurônios, como a homocisteína – um composto que aumenta significativamente a oxidação por radicais livres, podendo ser um fator de risco a longo prazo para o desenvolvimento de doenças como o Alzheimer. Por outro lado, o consumo moderado de carnes vermelhas magras pode beneficiar a memória, já que esse tipo de alimento é fonte de ferro. Prefira cortes com menos gordura, como alcatra, lagarto, patinho e coxão mole.
Principais fontes: cupim, picanha, costela e contra filé.
Café
O café possui em sua composição a cafeína, uma substância estimulante que auxilia nos esforços mentais e musculares, ajudando a diminuir a fadiga física e mental. Por esse motivo, a bebida desperta a atenção e pode aumentar a capacidade de concentração.
Mas, é bom ressaltar que o consumo de café não melhora a memória a longo prazo. Seu efeito é temporário e não se deve consumir mais que 300 a 500mg por dia, o que significa entre 2 a 3 xícaras de café.
Bebidas alcoólicas
Beber além da conta pode trazer inúmeros prejuízos ao cérebro como, por exemplo, causar um déficit temporário de memória, atenção e aprendizado. Isso pode acarretar na morte de neurônios e prejudicar a formação de novas células cerebrais. Por baixar os níveis de serotonina, o álcool também pode desencadear quadros de depressão.
Principais fontes: cerveja, cachaça, uísque e vodca.
Limites de álcool
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool não pode ultrapassar 30g por dia. Essa quantidade equivale a:
- 1 lata de cerveja (350ml)
- 1 cálice pequeno de vinho (140ml)
- 1 dose de cachaça, uísque ou vodca (40ml)
- 1 dose de vermute (50ml)
Texto: Redação Alto Astral
LEIA TAMBÉM
- Bebidas alcoólicas: confira como elas agem no organismo!
- Carne magra pode ajudar a prevenir doenças cerebrais
- Conheça aplicativos que vão turbinar seu cérebro!