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O cigarro é nocivo a todo o organismo e principalmente ao sistema cardiovascular. Saiba mais sobre os problemas desse vício!
- Foto: Shutterstock

Fique atento aos males que o cigarro proporciona à saúde

O cigarro é nocivo a todo o organismo e principalmente ao sistema cardiovascular. Saiba mais sobre os problemas desse vício!

Apesar de não ser proibido, o cigarro manifesta-se como uma droga no organismo e é reconhecido como um dos grandes vilões da saúde, sendo avaliado pela Organização Mundial da Saúde como a principal causa de morte evitável no mundo, já que está relacionado ao desenvolvimento de diversas doenças. O cigarro concentra uma carga de substâncias tóxicas que facilitam o espessamento do sangue e promovem o aumento do colesterol ruim (LDL). E os usuários não são os únicos afetados: os fumantes passivos, aqueles que são expostos ao cigarro, apresentam um risco 30% maior de desenvolver doenças cardíacas e têm de 25% a 35% mais chances de sofrer de doenças coronarianas agudas.

Cigarro apagado mesa

Foto: Shutterstock

Organismo em apuros

O cigarro não é só inimigo do pulmão. Fumar provoca, ainda, a contração das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo local e a irrigação do corpo. Outro aspecto que vale destacar é que o oxigênio é liberado em quantidade menor no sangue e torna os tecidos corpóreos mal oxigenados, facilitando lesões vasculares. “Na área vascular, o fumo interfere principalmente na circulação sanguínea, já que os glóbulos vermelhos têm mais afinidade pelo monóxido de carbono que pelo oxigênio. Atualmente, doenças relacionadas ao tabagismo são a terceira maior causa de procura por um cirurgião vascular”, afirma Fernando Bacalhau, cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC). Jovens ainda podem sofrer com a inflamação arterial tromboangeíte obliterante (TAO). Essa doença leva à gangrena de membros, que, dependendo do caso, devem ser amputados. E algumas doenças ainda ficam graves quando acometidas em fumantes, caso da doença arterial obstrutiva periférica (DAOP). Ao fumar, o indivíduo também desencadeia uma predisposição ao AVC.

(Re)conhecendo o vício

Foto: Shutterstock

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O tabagismo conta com dois tipos de dependência e que normalmente estão associadas: a física, responsável pelos sintomas de abstinência, e a psicossocial, ou seja, o hábito como um apoio para lidar com sentimentos negativos como solidão, ansiedade e etc. Isso gera vício porque a nicotina, substância presente nos cigarros, promove um efeito recompensador no cérebro e age nos centros de prazer cerebrais, aumentando o desempenho cognitivo, o alerta, o bem-estar, o controle sobre emoções negativas diminuindo a ansiedade e o apetite. Porém, esse conteúdo também age em outros sistemas, além do nervoso central, como no endócrino e cardiovascular e provoca efeitos nada favoráveis, ou seja, infarto, alguns tipos de câncer e envelhecimento precoce.

Saindo da névoa

O cigarro pode estar ligado ao consumo de álcool, outro fator que, em longo prazo, também traz efeitos ruins à saúde, uma vez que pode aumentar as chances de sofrer um infarto por conta da carga de substâncias nocivas que passa a integrar a corrente sanguínea. Outro fator é o de que, ao abandonar o hábito, algumas pessoas possuem a tendência de engordar ou emagrecer, prejudicando a saúde, além da ansiedade, decorrente da dependência. Para recuperar o vigor após parar de fumar, evite alimentos que sejam associados ao cigarro, como bebidas alcoólicas, aperitivos e até mesmo o café, se for o seu caso. E procure saciar a vontade com outros hábitos que não sejam nocivos, como beber água na hora da crise. Mas cuidado para não exagerar em outros aspectos. Paula Castilho, nutricionista, destaca: “Não troque o cigarro pela compulsão alimentar. Quando perceber que está ‘atacando’ a geladeira ou a dispensa, procure ler, fazer um trabalho manual, dar uma volta, escutar uma música relaxante, meditar, mas não desconte nervoso, ansiedade, tristeza ou frustração nos alimentos”. Para aliviar, recomenda: “e se não conseguir se controlar, coma uma fruta ou pegue os palitinhos de legumes, tome água, chupe gelo ou coloque um cravo na boca”.

Parece, mas não é!

O narguilé – conhecido também com o nome de cachimbo d’água e que aquece o tabaco antes de ser aspirado por meio de uma mangueira – pode até parecer inofensivo, mas não é. Apesar de utilizar mecanismos de filtragem, de acordo com a OMS uma sessão de narguilé, que pode durar de 20 a 80 minutos, corresponde a uma exposição de componentes tóxicos presentes na fumaça de aproximadamente 100 cigarros. Em 45 minutos de sessão é possível perceber cardíacos acelerados. Também ocorre maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio – o que leva a intoxicação do organismo.

 

Texto: Redação Alto Astral

Consultoria: Fernando Bacalhau, cirurgião vascular; Paula Castilho, nutricionista

 

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