Ao descobrir o diagnóstico de câncer, muitas pessoas ficam abatidas e alteram sua rotina. Entretanto, apesar do nome assustar, essa doença não significa uma pena de morte. Pelo contrário, é possível seguir tratamentos capazes de erradicar o tumor e garantir uma vida normal. “Uma vez diagnosticado um câncer, a primeira coisa a se fazer é procurar um médico, de preferência um oncologista, para se traçar a melhor estratégia de tratamento para aquela doença”, explica o oncologista Volney Soares Lima.
Palavra de ordem: prevenção
As causas do câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo. Entretanto, apesar de existirem inúmeros fatores que podem favorecer o surgimento dessa doença, é possível adotar medidas para prevenir que ela apareça. “80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode gerar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Obesidade, bebidas alcoólicas e idade avançada também são fatores de risco potenciais para o desenvolvimento de tumores”, afirma o oncologista Sandro Salim Lana.
Pensando nisso, evitar o tabagismo, beber moderadamente, praticar atividades físicas frequentes para afastar o sedentarismo e se proteger do sol em horários inapropriados são medidas eficazes no combate ao câncer. Em outras palavras, o risco de desenvolver um câncer é afetado por fatores individuais e resulta do somatório de estilo de vida.
Em busca da cura
Se o câncer foi confirmado por meio de exames, é hora de juntar todas as forças e começar o tratamento – já que quanto antes ele for iniciado, maiores as chances de cura. “As modalidades de tratamento disponíveis são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Existem ainda, para casos específicos de tumores, medidas como hormonioterapia, drogas alvo, anticorpos monoclonais e ainda a imunoterapia. A escolha do melhor método ou da combinação deles deve ser individualizada”, afirma Lima. Saiba mais sobre as principais técnicas utilizadas para combater o câncer.
Quimioterapia: esse tratamento genérico atinge todas as células (desde as normais até as que estão doentes) e, por isso, tem grande toxidade. Ele é feito pela corrente sanguínea, ou seja, é aplicado um soro com os medicamentos que visam erradicar o tumor. “O tratamento age sobre células que se renovam rapidamente, caso das tumorais e também das de cabelo, motivo pelo qual ele cai”, esclarece o oncologista Leandro Ramos. O lado ruim do tratamento é que ele pode causar efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, alterações cardíacas e piora da função real. “Os efeitos são e devem ser sempre muito bem monitorados pelo oncologista”, acrescenta Leandro.
Imunoterapia: ao contrário da quimioterapia, esse método consegue identificar e atacar apenas as células tumorais, pois ele é mais moderno, mas tem indicação muito restrita. “É possível realizá-lo quando existe um alvo, identificado no exame da peça tumoral. Através da avaliação da biópsia é possível descobrir se a imunoterapia poderá ser aplicada”, justifica Leandro. Um bom exemplo de tumor que pode ser combatido com essa técnica é o câncer de pulmão, o qual apresenta respostas melhores com a imunoterapia do que com a quimioterapia.
Radioterapia: são utilizadas radiações ionizantes (raio-X, por exemplo) nessa forma de tratamento, um tipo de energia direcionada, para destruir ou impedir que as células do tumor aumentem. Durante as aplicações, o paciente não sente dor nenhuma e, geralmente, os efeitos das radiações são bem tolerados, desde que sejam respeitados os princípios de dose total de tratamento e a aplicação fracionada.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Leandro Ramos, Sandro Salim Lana e Volney Soares Lima, oncologistas
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