A ansiedade é uma reação química que acontece em diversas áreas do organismo, mas o início de tudo está no sistema nervoso. Com o conjunto de algumas áreas do cérebro, a ansiedade tem como principal finalidade despertar o estado de vigilância para que o indivíduo possa estar preparado para alguma situação que ofereça perigo. Porém, quando há um desequilíbrio nas funções cerebrais, a ansiedade considerada normal passa a ser vista como uma patologia.
“Atualmente, as pesquisas apontam para uma base genética que, na formação das estruturas cerebrais ligadas aos estados de vigilância (amígdala, córtex pré-frontal), desencadeiam erros de funcionamento neuroquímico (serotonina e noradrenalina). As disfunções provocam as sensações de medo exagerado, pânico e outros transtornos ansiosos”, explica o psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello.
Como o cérebro se comporta nos casos de ansiedade?
Quando o cérebro interpreta uma situação de ameaça, a amígdala cerebelosa entra em atividade, ajudando a despertar o estado de alerta. A estrutura está localizada na região chamada cérebro primitivo, pois foi a primeira a se desenvolver, o que faz com que seja a área relacionada aos instintos.
1-Em uma ação sincronizada, o hipocampo ventral é acionado, ao mesmo tempo em que a área medial do córtex pré-frontal entra em ação. O objetivo é que a região do cérebro reconheça ou não a situação como ameaça. O hipocampo é fundamental para a consolidação da memória e o processamento das emoções.
2- De acordo com a interpretação química, a área medial modula a resposta de outras áreas, como a amígdala cerebelosa. Isso serve para que seja produzida uma reação de defesa e comportamentos associados à ansiedade. O córtex pré-frontal é onde se processam as funções cognitivas e executivas do cérebro.
3- Diversos sistemas relacionados ao alerta, entre eles a amígdala e o hipocampo, estão localizados no sistema límbico, área responsável pelas emoções e comportamentos sociais.
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Consultoria: Luiz Vicente Figueira de Mello, psiquiatra