Entre as décadas de 1940 e 1950, o biólogo e sociólogo Alfred Kinsey (1894 – 1956) e sua equipe entrevistaram 18 mil norte-americanos para entender o comportamento sexual humano. Os resultados de suas pesquisas foram publicados em dois livros: O Comportamento Sexual do Homem, lançado em 1948, e a sequência deste, O Comportamento Sexual da Mulher, de 1953. Os dois livros ficaram conhecidos como “Relatório Kinsey”. Neles, descobre-se que 92% dos americanos e 62% das americanas se masturbavam. Entre os homens, 37% já haviam tido algum tipo de experiência homossexual assim como 13% das mulheres.
Pioneiro
O pesquisador americano foi um dos primeiros a dar viés científico para práticas sexuais humanas. “Delinear métodos científicos para investigar a sexualidade e divulgar resultados sobre tais métodos foram as maiores contribuições de Kinsey. O que aconteceu depois foram consequências provocadas pelo seu trabalho”, diz o psicólogo e psicoterapeuta sexual Ítor Finotelli Júnior. Kinsey fez mais: ele afirmou que o orgasmo é uma “descarga explosiva de tensões neuromusculares no ápice da experiência sexual”. Hoje, sabe-se que alcançar o orgasmo também depende de componentes cognitivos e emocionais, mas tudo começa no cérebro.
No cinema
É possível conhecer a história de Alfred Kinsey no filme Kinsey – Vamos Falar de Sexo, de 2004. O papel do biólogo e sociólogo é de Liam Neeson. Laura Linney vive Clara McMmillen, a mulher de Kinsey e uma de suas principais colaboradoras. A atriz recebeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo papel.
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Consultoria: Ítor Finotelli Júnior, psicoterapeuta sexual, pesquisador clínico de desenvolvimento de técnicas, procedimentos e instrumentos de medida para avaliação da sexualidade humana.
Texto: Fernanda Villas Bôas – Edição: Natália Negretti