O ressecamento vaginal é enfrentado pelas mulheres em algumas fases de sua vida, podendo interferir diretamente em seu bem-estar emocional, físico e até social! Isso ocorre em momentos de queda na produção dos estrogênios, e a lubrificação da vagina torna-se muito baixa ou ausente. O médico ginecologista Ricardo Bruno, da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de Rio de Janeiro, orienta você a identificar o problema e a se cuidar!
Ressecamento interfere na autoestima
As consequências da falta de lubrificação causada pelo ressecamento são: sensação de irritação ou queimação, coceira, diminuição da elasticidade da vagina e dor durante a relação sexual. Esses sinais atrapalham a autoestima da mulher, que passa a se sentir menos segura para enfrentar o dia a dia. É importante frisar que nenhum desses sintomas são normais, e precisam ser levados ao médico. “O ressecamento vaginal é notado também pelas mulheres no momento das relações sexuais, quando falta lubrificação e o ato torna-se difícil e doloroso. Elas relatam que isso afeta o relacionamento com seus parceiros e causa certa insegurança”, comenta o médico.
Quando e por que acontece?
Geralmente o ressecamento vaginal ocorre durante o pós-parto, a amamentação e a menopausa, quando o organismo reduz naturalmente a produção de estrogênio. Para entender melhor, no pós-parto essa diminuição acontece porque há o aumento na produção de prolactina (hormônio da produção do leite). Assim, o organismo bloqueia boa parte da produção dos estrogênios para se concentrar na produção da prolactina. Já na menopausa, há uma diminuição no estímulo para fabricação dos estrogênios, em comparação ao período da puberdade. O ressecamento vaginal pode começar na pré-menopausa e vai aumentando até alcançar seu ápice na pós-menopausa, período em que o nível de ressecamento é 47% maior em relação ao climatério (transição em que a menstruação fica mais espaçada até parar de vez)..
Encontre a solução!
Muitas mulheres utilizam lubrificantes vaginais para aliviar os sintomas de dor e ardência durante a relação sexual. Porém, isso pode quebrar a espontaneidade, deixando-a tensa e muitas vezes ansiosa. O médico ainda ressalta que quando o lubrificante utilizado não é à base de água e sim de petróleo e óleo, o ressecamento vaginal pode se agravar após a relação sexual. Assim, é preciso ficar atenta à composição do produto e sempre conversar com o médico. Uma solução é usar um hidratante intravaginal, livre de hormônios, que aja no aumento do volume de água no tecido celular vaginal. “O benefício do uso do hidratante vaginal é uma região íntima mais lubrificada, protegida de bactérias externas e pronta para relações sexuais prazerosas”, finaliza o médico.
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