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Brasil tem cerca de dois milhões de pessoas viciadas em jogos de azar; especialista explica como reconhecer o problema
Vício em jogos de apostas leva indivíduos a problemas financeiros - Foto: Shutterstock

Comportamento

Vício em jogos de apostas: 5 sinais para identificar a compulsão

Brasil tem cerca de dois milhões de pessoas viciadas em jogos de azar; especialista explica como reconhecer o problema

Recentemente, o ex-BBB Diego Grossi, que ficou conhecido nacionalmente após a sua participação no BBB 14, assumiu ser viciado em jogos de apostas. Ele afirma que depois de perder mais de R$ 100 mil em jogos, foi morar com a sogra e sonha em ter um trabalho CLT.  

De acordo com o Departamento de Psiquiatria da USP, o Brasil tem, em média, dois milhões de viciados em jogos de azar. Além disso, um levantamento do Instituto Locomotiva indica que 52 milhões de pessoas já apostaram na modalidade ao menos uma vez.

Reconhecer os sinais do vício em jogos de apostas pode ser desafiador, tanto para os indivíduos quanto para suas famílias. Segundo Cristiano Costa, psicólogo clínico e organizacional, e diretor de conhecimento da EBAC (Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo), o vício em jogos pode ser comparado a outras dependências comportamentais, como o vício em compras, em telas ou em redes sociais.

“A principal característica que define a compulsão é a perda de controle. Quando o indivíduo sente a necessidade de jogar continuamente, mesmo que isso comprometa suas responsabilidades pessoais, profissionais ou sociais, estamos diante de um comportamento de risco”, alerta o especialista. 

Para ajudar a identificar e diagnosticar pessoas viciadas em jogos de apostas, o psicólogo elencou os cinco principais sinais de alerta para o problema:

1. Pensamento constante com o jogo

O indivíduo passa grande parte do tempo preocupado com os jogos, planejando as próximas sessões, jogadas ou relembrando partidas passadas. 

2. Aumento da frequência, duração e valores com o jogo

A pessoa sente a necessidade de jogar por mais tempo e com valores mais altos para alcançar o mesmo nível de excitação. 

3. Negligência de responsabilidades

Quando o jogo passa a ser mais importante do que compromissos com a família, trabalho, estudos ou relações sociais.

4. Mentiras e omissões

Esconder o montante de valores perdidos, o tempo real gasto jogando ou negar que o hábito seja problemático.

5. Sintomas emocionais e físicos

Sentimentos de irritação, ansiedade ou depressão quando não é possível jogar, além de dificuldades para dormir e falta de cuidados com a própria saúde.

O papel do apoio profissional e dos familiares

É comum que as pessoas usem os jogos como uma forma de fugir de conflitos internos ou como uma forma de tentar ganhar dinheiro rápido. O problema se agrava quando isso se torna uma compulsão, prejudicando outras áreas da vida e outras pessoas também. 

“Por isso, é importante buscar auxílio profissional o quanto antes, e, não hesitar em contar com o apoio da família, já que muitas vezes o compulsivo não consegue enxergar o quanto o jogo está afetando sua vida e a família pode ajudar no comprometimento com o tratamento”, conclui Cristiano. 

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