Trocar o colchão muito velho é fundamental para a manutenção da saúde física e também da qualidade do sono. De acordo com dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 70% da população brasileira sofre com distúrbios relacionados ao sono, como a insônia. Dormir em um colchão inadequado pode estar relacionado a esse problema.
“Quando alguém usa um colchão que se ajusta corretamente ao seu tipo físico, ele se adapta com precisão ao formato do corpo, o que ajuda a pessoa a se sentir mais confortável e a adormecer mais rapidamente. Isso contrasta com a situação em que o colchão não oferece esse suporte, prejudicando a qualidade do sono e dificultando a chegada às fases mais profundas do descanso”, explica Jeziel Rodrigues, especialista do sono da Anjos Colchões & Sofás.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o recomendado é que o colchão seja trocados após cerca de 5 anos, devido à duração do tratamento antiácaro. No entanto, há alguns fatores que devem ser considerados na hora de trocar um colchão. O especialista elencou os principais:
Durabilidade
Apesar de colchões de boa qualidade garantirem suporte por um longo período, Jeziel ressalta que é importante ter em mente que eles têm uma durabilidade finita. “Não é apenas um item de decoração, mas sim um investimento na saúde e conforto. Por isso, é fundamental entender que o suporte do colchão se reduz com o tempo, e independentemente do modelo, é necessário substituí-lo entre sete e 10 anos”, orienta.
Peso
Outro ponto fundamental na hora de escolher o colchão a ser adquirido é considerar o peso da pessoa que vai utilizá-lo. “O conforto está muito relacionado à gravidade, pois, quanto mais peso a pessoa tem, mais macio o colchão fica. Assim, é fundamental atentar-se a este quesito para saber se o suporte oferecido pelo modelo atende a necessidade do indivíduo em questão”, esclarece o profissional.
Posição
Embora possa não ser tão evidente, a forma como uma pessoa dorme está intimamente ligada ao tipo de colchão mais adequado para ela. Segundo Jeziel, quem prefere dormir de costas deve escolher um colchão de firmeza média, que proporciona o suporte necessário para evitar que a região lombar fique fora de alinhamento.
Já as pessoas que dormem de bruços precisam de um colchão mais firme, para impedir que o tronco afunde na cama durante o sono. Para aqueles que dormem de lado, a recomendação é optar por colchões mais macios, que proporcionem melhor acolhimento ao ombro e ao quadril, mantendo a coluna bem alinhada.
Travesseiro
O travesseiro também deve ser trocado junto com o colchão. “Embora a recomendação seja substituí-lo a cada ano para evitar o acúmulo de ácaros, fungos e bactérias que podem desencadear alergias e problemas respiratórios, quando há a mudança de colchão, é importante que haja também o câmbio do travesseiro. Isso porque, com o passar do tempo, ele pode desgastar e deixar de oferecer o suporte necessário para a cabeça e pescoço, resultando em dores a longo prazo”, finaliza o especialista.