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Embora maioria dos casos de cisto do ovário sejam benignos, sintomas como crescimento acelerado e alterações menstruais exigem atenção médica
O cisto no ovário é comum em mulheres em idade fértil - Foto: Shutterstock

Saúde

Cisto no ovário: veja os riscos, diagnóstico e tratamento

Embora maioria dos casos de cisto do ovário sejam benignos, sintomas como crescimento acelerado e alterações menstruais exigem atenção médica

A maioria das mulheres, em algum momento da vida reprodutiva, terá ou já teve um cisto no ovário. Na imensa maioria dos casos, essas estruturas são benignas e não exigem tratamento invasivo. No entanto, quando crescem, causam dor intensa ou persistem por muitos ciclos menstruais, os cistos podem exigir acompanhamento rigoroso e, em casos específicos, cirurgia.

Segundo o cirurgião oncológico Marcelo Vieira, especialista em técnicas minimamente invasivas, os cistos ovarianos representam um dos quadros ginecológicos mais comuns nos consultórios e prontos-socorros. “Boa parte deles desaparece espontaneamente, mas o desafio está em identificar os casos que realmente exigem intervenção. E, quando há indicação cirúrgica, o cuidado com a preservação da fertilidade precisa estar no centro da conversa”, afirma.

O especialista lembra que o pico de ocorrência dos cistos funcionais se dá entre os 20 e os 40 anos, período em que os ovários estão mais ativos hormonalmente. Em mulheres acima dos 45, o surgimento de cistos exige investigação mais detalhada, por conta da maior associação com alterações pré-malignas ou malignas.

Tipos mais frequentes de cisto no ovário

Os cistos ovarianos são classificados de acordo com a sua origem e comportamento. Vieira aponta os três grupos que merecem mais atenção:

  • Cistos funcionais: os mais comuns, formados durante o ciclo ovulatório, costumam desaparecer sozinhos em até três meses e, geralmente, não causam sintomas relevantes.
  • Endometriomas: relacionados à endometriose, caracterizam-se por conteúdo espesso e escuro, e podem comprometer a fertilidade, por isso exigem acompanhamento especializado.
  • Tumores císticos: podem ser benignos ou malignos, mas em geral, apresentam componentes sólidos, septações espessas e crescimento contínuo; devem ser investigados com exames de imagem e, em alguns casos, marcadores tumorais.

“O ultrassom transvaginal com doppler é o exame mais indicado para a análise inicial. Já a ressonância magnética pode ser solicitada quando há dúvida diagnóstica ou planejamento cirúrgico mais complexo”, explica o médico.

Quando operar

A maioria dos cistos no ovário, mesmo quando volumosos, pode ser apenas observada, desde que a paciente esteja assintomática e os exames indiquem características benignas. No entanto, Vieira orienta que a cirurgia deve ser considerada nas seguintes situações:

  • Cistos maiores que 5 cm com persistência após três ciclos menstruais;
  • Presença de dor pélvica intensa ou contínua;
  • Alterações menstruais associadas a imagem suspeita;
  • Cistos com conteúdo sólido, vegetações ou septações irregulares;
  • Pacientes acima dos 45 anos com cistos persistentes.

“Não se trata apenas de um número fixo em centímetros. O contexto clínico, os sintomas e a história reprodutiva da paciente são fatores decisivos. O planejamento deve ser individualizado”, afirma.

O que perguntar ao médico

Para as mulheres que recebem a indicação de cirurgia, Vieira recomenda atenção especial aos seguintes pontos durante a conversa com o médico:

  • A cirurgia é realmente necessária ou posso ser apenas acompanhada?
  • O procedimento será realizado por técnicas minimamente invasivas (laparoscópica ou robótica)?
  • Quais medidas serão tomadas para preservar meu ovário?
  • Existe risco de perda da fertilidade?
  • Que tipo de acompanhamento será necessário após a cirurgia?

“É essencial que a paciente participe da decisão. O procedimento deve respeitar a individualidade, o desejo reprodutivo e a segurança oncológica, quando aplicável”, diz o cirurgião. De acordo com ele, a videolaparoscopia é a técnica mais recomendada por permitir melhor visualização da pelve, menor trauma tecidual e recuperação mais rápida. 

Como preservar a fertilidade

O cirurgião reforça que a principal complicação evitável nas cirurgias para cisto no ovário é a perda de reserva ovariana. “O uso excessivo de cauterização ou a retirada do ovário sem necessidade pode comprometer a capacidade de engravidar. Por isso, o procedimento deve ser feito por equipe treinada em anatomia pélvica e técnicas conservadoras”, alerta.

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