Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), “plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade”. Esse uso se dá em forma de chás, por exemplo, e sua eficácia é cientificamente comprovada. Tanto que a própria Anvisa regulamentou os benefícios e modo de usar (posologia) de mais de 60 espécies de ervas.
Mais que um chá
Mas não é só o tradicional chazinho que ajuda na prevenção e tratamento de doenças. Os medicamentos fitoterápicos, que são aqueles industrializados a partir de plantas medicinais, também garantem bons resultados à saúde.
Pode confiar!
A transformação de ervas em medicamentos se dá de forma rígida, o que evita contaminações por micro-organismos e agrotóxicos, além de padronizar a quantidade, a indicação e a posologia. E não é só isso: os remédios fitoterápicos devem ser registrados na Anvisa antes de serem comercializados, permitindo maior segurança no tratamento.
“Em alguns casos, a combinação de fitoterápicos com medicamentos convencionais foi provada ser mais eficiente que cada um deles isoladamente. O campo em que essas associações deram muito certo foi na redução de efeitos adversos de quimioterapia”, exemplifica Alex Botsaris, presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia. No entanto, medicamentos fitoterápicos só devem ser usados com orientação médica.
Tratamento gratuito
Os “remédios naturais” já são receitados e ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em mais de mil cidades brasileiras. Babosa, hortelã e salgueiro são alguns dos fitoterápicos que integram a lista oficial de medicamentos do SUS, que é formulada por uma comissão técnica composta por representantes da Anvisa, do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de associações médicas. A hortelã é indicada para o tratamento da síndrome do cólon irritado; a babosa é usada para tratar queimaduras e psoríase; e o salgueiro, recomendado para dor lombar.
Cápusla x in natura
Qualquer pessoa pode comprar uma planta fresca para preparar um chá medicinal, desde que se informe antes sobre os efeitos da erva e suas contraindicações. Porém, se quiser optar pelas cápsulas, a indicação médica é indispensável. Nelas, os compostos da planta estão concentrados e, por isso, a quantidade e a frequência de consumo precisam da orientação de um profissional. “Na maioria dos casos, os resultados obtidos com extratos são muito semelhantes aos obtidos com chás. Os extratos facilitam as dosagens maiores e são mais práticos”, diz Botsaris. A vantagem das cápsulas, portanto, é que não necessitam de preparo e são boas opções para quem não gosta do sabor das ervas.
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