Ter uma alimentação saudável ajuda a prevenir a obesidade e diversas doenças, como diabetes e a hipertensão. E quando o assunto é o cardápio das crianças, o cuidado com o que será consumido deve ser redobrado. Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de New Jersey (EUA) mostra que as crianças que fazem refeições em família se alimentam melhor e tem o IMC (Índice de massa corporal) mais saudável.
De onde vem?
Segundo a nutricionista infantil Danielle Fontes de Almeida, a evolução da indústria alimentícia e o consequente aumento do consumo de produtos processados contribuem para a desinformação das crianças sobre os alimentos saudáveis. “Normalmente, os pais optam por produtos processados por serem saborosos e mais práticos para a vida agitada de hoje em dia”, alerta a profissional. A dica para ajudar a criança a conhecer os alimentos é os pais prepararem as refeições em casa, em família, inserindo o pequeno nas escolhas do cardápio. “As crianças devem aprender desde cedo, pois isso gera uma educação nutricional eficiente, que poderá trazer mais compreensão no futuro”, explica Danielle.
Papel dos pais
Quando a criança começa a ingerir outros alimentos além do leite materno, os pais devem incentivar seus filhos a se alimentarem corretamente, incluindo em sua dieta alimentos saudáveis. “O ideal é sempre explicar a importância de uma alimentação colorida, equilibrada e o mais natural possível. Outro ponto que é fundamental, principalmente para crianças maiores, é que os pais tenham o hábito de comer alimentos saudáveis e evitem os ultraprocessados para que a criança crie esse hábito desde pequena”, diz Debora Marques, nutricionista funcional especialista em saúde materno-infantil.
De acordo com a professora de nutrição, Flávia da Silva Santos, os pais devem ensinar isso criando o hábito de oferecer diariamente aos pequenos o consumo de frutas e legumes, a partir dos 6 meses de idade, e manter esse estímulo após o primeiro ano de vida.
Como conseguir refeições saudáveis!
Se mesmo com todo o exemplo dado dentro de casa a criança não quiser comer certos tipos de alimentos, uma alternativa é envolvê-las na preparação da refeição. De acordo com estudos realizados, essa é uma das melhores formas de fazer com que as crianças consumam mais alimentos sem fazer cara feia. “Crianças que ajudam na preparação da comida podem se tornar ‘comedores mais aventureiros’, ou seja, mais dispostos a experimentar um determinado alimento, além de aumentar a conscientização” , explica a nutricionista Vanessa Gama. Por isso, convidar os pequenos para a cozinha e preparar os alimentos juntos é uma ótima opção.
Paladar doce
A alimentação da criança até os 2 anos de vida não deve conter açúcar refinado e doces em geral para não estimular e viciar o paladar. “As frutas e sucos devem ser oferecidos sem adição de açúcar para que a criança possa sentir o sabor natural do alimento. Para crianças maiores que já experimentaram o doce e o paladar já foi estimulado, pode-se optar por açúcares menos refinados e mais nutritivos, como o mascavo ou demerara, ou ainda melado e tâmaras em algumas preparações, reduzindo aos poucos o açúcar”, diz Debora. Além disso, é interessante evitar produtos ricos em açúcar como sucos de caixinha, biscoitos recheados, refrigerantes, balas, chocolates ao leite e branco.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Danielle Fontes de Almeida, nutricionista; Debora Marques, nutricionista clínica funcional especialista em saúde materno-infantil; Vanessa Gama, nutricionista; Vivian Talarico, nutricionista especialista em nutrição esportiva e nutrição funcional; Flávia da Silva Santos, professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Anhanguera de Niterói (RJ)
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