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Saiba como diferenciar gripe aviária, influenza ou Covid-19
Saiba como diferenciar gripe aviária, influenza ou Covid-19 - Shutterstock

Saúde

Gripe aviária, influenza ou Covid-19? Saiba como diferenciar as doenças

Às vezes, pode ser difícil saber, pelos sintomas, se é gripe aviária, influenza ou Covid-19; entenda as diferenças entre as doenças

Nos últimos tempos, surgiram novos casos humanos esporádicos de gripe aviária (H5N1) no continente americano e o primeiro foco confirmado em granja comercial no Brasil. Por isso, é ainda mais importante, no momento, conseguir reconhecer a doença e diferenciá-la de outras que possam ser parecidas.

Contudo, mesmo para os médicos, isso pode ser difícil. Isso porque coisas como febre, tosse, dor no corpo e sintomas respiratórios inferiores são manifestações comuns tanto na gripe aviária quanto na Covid-19 e na influenza sazonal. A diferenciação entre essas doenças exige um olhar extremamente cuidadoso.

“Na fase inicial, o quadro clínico pode ser praticamente indistinguível. O que muda são os contextos: a gripe aviária costuma estar associada a contatos com aves, surtos locais ou exposição ocupacional, e apresenta uma progressão mais agressiva, muitas vezes com evolução rápida para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”, explica o Dr. Klinger Soares Faico Filho, médico infectologista da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), apresentador no InfectoCast e referência em virologia.

Similaridades e diferenças clínicas: quando suspeitar?

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, as infecções humanas por H5N1 costumam apresentar-se com sintomas clássicos de síndrome gripal. Ou seja: febre, tosse, cefaleia, dor de garganta e mialgia. Porém, o curso clínico frequentemente é mais severo.

Os pontos que sugerem H5N1 na prática clínica são:

  • Evolução precoce para dispneia e hipoxemia
  • Infiltrados pulmonares extensos em tomografia
  • Hemoptise, diarreia ou manifestações neurológicas em alguns casos
  • História de exposição a aves infectadas ou regiões com surtos documentados
  • Ausência de contato com pessoas sintomáticas (ao contrário da Covid-19)

“O H5N1 tem alta letalidade nos casos confirmados. A suspeição precoce salva vidas — tanto do paciente, quanto da comunidade. A notificação imediata é fundamental, mesmo em casos isolados”, reforça Dr. Klinger.

O que o médico deve perguntar?

Caso você apresente esses sintomas, o médico deve sempre investigar, fazendo perguntas sobre:

  • Trabalho ou visita recente a granjas, abatedouros, feiras de aves vivas
  • Contato com aves silvestres mortas ou doentes
  • Viagens a regiões com circulação ativa de H5N1 (como Ásia, África, Chile, EUA)
  • Participação em resposta veterinária ou sanitária em surtos aviários
  • Sinais clínicos de gravidade desproporcional em relação ao tempo de evolução

“Diferente da Covid-19 ou da Influenza comum, que circulam amplamente entre humanos, o H5N1 exige esse rastreio de contexto. O quadro clínico sem o vínculo epidemiológico perde força diagnóstica”, destaca o infectologista.

Condutas recomendadas em caso suspeito

O Ministério da Saúde recomenda que casos com suspeita de infecção por H5N1 sejam imediatamente notificados às secretarias estaduais e ao CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde).

Além disso:

  • A coleta de swab nasal/nasofaringeo deve ocorrer o mais cedo possível
  • Testes moleculares (RT-PCR) específicos para influenza A com subtipagem são essenciais
  • O antiviral oseltamivir pode ser utilizado precocemente, com benefício potencial
  • O paciente deve ficar em isolação em ambiente hospitalar com precauções de contato e aerossóis

“O manejo do H5N1 exige estrutura hospitalar, equipe treinada e suporte intensivo. Mesmo em países com recursos, a letalidade segue elevada. Por isso, vigilância, rastreio e contenção são mais eficazes que tratar quando a doença já se instalou”, enfatiza Dr. Klinger.

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