Algumas mulheres, durante a gravidez, apresentam um aumento de 30% a 60% nos níveis de colesterol, principalmente entre a 16ª e a 30ª semana. Isso acontece porque os bebês necessitam dessa gordura extra para o seu desenvolvimento e as mamães para a produção do hormônio progesterona, que prepara as glândulas mamárias para a amamentação. No entanto, as taxas de colesterol precisam ser monitoradas por um médico e um nutricionista durante todo o período gestacional. Segundo pesquisas, em bebês cujas mães apresentam LDL elevado
podem se formar estrias de gordura nas artérias que, com o tempo, podem evoluir para a aterosclerose. Nessa fase da vida, é importante redobrar os cuidados com os hábitos de vida, pois o consumo de medicamentos para controlar o colesterol não é recomendado durante a gravidez. O ideal é fazer um check-up antes mesmo da gestação, quando o bebê ainda estiver nos planos. Assim, a futura mãe pode equilibrar as taxas para ter uma gravidez saudável desde o início. É imprescindível manter uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos, sempre com o acompanhamento médico.
Alerta conhecido
Não fumar é um hábito que deve ser mantido por qualquer pessoa, mas é sempre bom reforçar os malefícios do tabagismo. Segundo pesquisa da Universidade de Sydney, na Austrália, mulheres que fumam durante a gravidez fazem o colesterol bom (HDL) reduzir nos bebês.
Pequenos vulneráveis
A genética pode influenciar no aumento do colesterol durante a infância, com distúrbios no metabolismo dos triglicérides, por exemplo, mas outros fatores podem ser os causadores do problema, como sobrepeso e sedentarismo. Crianças com pai ou mãe com histórico de problemas cardíacos ou colesterol alto precisam realizar o exame de perfil lipídico desde bem cedo, a partir dos 2 anos – é a chamada hipercolesterolemia (ou hiperlipidemia) familiar. Aquelas que apresentam altos índices de colesterol têm mais riscos de ter problemas cardíacos na fase adulta, no entanto, na infância, somente as mudanças nos hábitos já consegue ser capaz de controlar o problema. O médico poderá indicar remédios em casos extremos ou em que a causa seja genética. Em casa, o recomendado é estimular a dieta saudável e a prática de exercícios. É preciso que os pais deem o exemplo, consumindo alimentos saudáveis e, sobretudo, os nutricionistas indicam paciência. Pesquisas sugerem que os pequenos precisam experimentar um alimento cerca de oito vezes para que aceitem o seu sabor. Assim, testar novas formas de apresentar um vegetal pode ser a saída: o brócolis que não foi bem aceito na salada pode ser gratinado, a abobrinha que não agradou refogada pode ser servida recheada, etc. Para evitar o sedentarismo, controlar o tempo que as crianças passam em frente à televisão e ao computador é fundamental. Deixe que elas escolham o exercício físico que mais lhe agradem, experimentando diferentes esportes e atividades.
Magro também tem!
Pais com filhos obesos ou com sobrepeso devem ficar mais atento às taxas do colesterol, porém crianças magras também podem ter o problema, já que ele pode ter causas genéticas. Portanto, o ideal é consultar um médico independentemente do peso da criança.
Vai brincar, criança!
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a obesidade infantil já atinge 15% das crianças brasileiras. Para prevenir e combater o problema, os pequenos devem praticar atividade física pelo menos 30 minutos por dia.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Christiano Barros e Isa Bragança, cardiologistas
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