Mais de 26 milhões de mulheres brasileiras têm entre 40 e 59 anos, de acordo com o Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E é justamente nessa idade que o corpo feminino sofre diversas alterações hormonais, no metabolismo, na massa muscular e na densidade óssea, o que pede por mudanças também na alimentação.
A nutricionista Gisele Sales, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica que uma das principais alterações nessa idade é que a taxa metabólica basal diminui. Ou seja, a quantidade de calorias gastas por dia também fica menor. E, assim, o consumo delas também pode ser reduzido. Porém, sempre lembrando que a alimentação feminina depois dos 40 anos ainda deve incluir todos os grupos alimentares.
Ademais, a partir dos 40 anos, geralmente se inicia o climatério, fase que antecede a menopausa e já vem associada a alguns sintomas como dificuldade em perda de peso, sono ruim e irritabilidade. Algumas dessas mudanças também aparecem para os homens, porém de forma mais sutil. E, para melhorar essas questões, o melhor é ter uma alimentação anti-inflamatória.
“Deve-se buscar o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, que são aqueles que sofrem alteração mínima quanto à adição de sal, açúcar, corantes, conservantes, etc. Além disso, deve-se haver um maior consumo de proteína vegetal (grãos, sementes, leguminosas, cereais como a quinoa, castanhas). Se estiver dentro do orçamento, é muito importante priorizar os alimentos orgânicos, que além de mais saudáveis são mais nutritivos”, salienta a nutricionista.
Além disso, a alimentação feminina depois dos 40 também pode incluir suplementações. “O uso de suplemento alimentar é bastante comum a partir dessa faixa etária. Isso ocorre por conta de queixas frequentes de cansaço, indisposição, sono ruim e dificuldade na perda de peso”, destaca a especialista.
Alimentação na terceira idade
Mas, então, se nessa faixa dos 40 aos 59 anos a alimentação deve ser dessa forma, o que ocorre quando a mulher chega aos 60? Novas mudanças surgem e é ainda mais importante se atentar à alimentação.
“A partir dos 60 anos as necessidades nutricionais podem variar muito entre os idosos. Isso porque dependerá de fatores como o estado de saúde que ele se encontra e o nível de atividade física. É importante ficarmos atentos à ingestão hídrica, ingestão de proteína e ao funcionamento intestinal, mantendo-se uma boa ingestão de nutrientes antioxidantes, presentes em frutas, legumes e vegetais para melhora da memória, cognição e depressão, queixas comuns nessa fase”, pontua Gisele.
