“A visão vai sofrendo um estreitamento da periferia em direção ao centro”. Isso é o que o glaucoma causa, segundo a oftalmologista Franciele Vegini. O problema pode ser caracterizado como uma doença progressiva que acomete o nervo óptico, que é a parte do olho responsável por levar a informação visual até o cérebro.
No glaucoma, geralmente a pressão intraocular aumenta e as células do nervo óptico ficam comprimidas e se danificam, o que, com o tempo, pode causar perda permanente da visão.
Fatores de risco para o glaucoma
Há vários tipos de glaucoma. “O tipo mais comum, o crônico simples, tem como fatores de risco a pressão intraocular elevada, a genética (pacientes com parentes de primeiro grau com a doença), raça negra e miopia. Outros tipos de glaucoma, como o que apresenta pressão do olho normal, são mais comuns em asiáticos”, esclarece a especialista.
SAIBA MAIS:
Catarata causa sensação de névoas nos olhos
Descubra os cuidados que você deve ter com a conjuntivite
Daltonismo: conheça a doença que causa confusão ao enxergar cores
A doença também pode ser decorrente do uso de medicamentos, como antidepressivos, anti-histamínicos e cortisona, de diabetes e de cirurgias oculares. Pode acontecer em qualquer idade, porém é mais comum a partir dos 40 anos.
A importância do diagnóstico precoce
O tipo mais comum de glaucoma não apresenta sintomas e, na maioria das vezes, é diagnosticado em consultas oftalmológicas de rotina. “Todos devem ir ao oftalmologista ao menos uma vez por ano para que seja medida a pressão do olho e avaliado o nervo óptico”, recomenda Franciele.
Em alguns casos, o paciente pode apresentar sintomas como dificuldade para adaptar-se a ambientes escuros e perda de visão lateral. O médico especialista solicitará exames específicos caso haja suspeita da doença. Como a lesão visual causada pelo glaucoma é irreversível, o diagnóstico precoce é fundamental para que não haja perda da visão.
Texto Isa Naomi/Colaboradora
Consultoria Franciele Vegini, oftalmologista