Imagine olhar um objeto e não saber se ele é verde ou vermelho. Pois é exatamente isso o que acontece com uma pessoa que sofre de daltonismo. Esse problema é causado pela falta de uma ou mais substâncias na retina sensíveis à luz e que fazem com que uma pessoa consiga distinguir cores e as variações destas no espectro de tonalidades.
Descrita pelo químico John Dalton (por isso o nome daltonismo) como a incapacidade de distinção correta entre as cores verde e vermelha, esse problema é resultado de uma alteração congênita, ou seja, a pessoa já nasce com ele.
Outras cores
No entanto, após diversos estudos, contatou-se que não só o verde e o vermelho são confundidos visualmente pelos daltônicos. Embora a grande maioria das pessoas que têm o problema confunda essas duas cores, há casos em que não é possível distinguir o amarelo do azul.
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Ambos os casos são denominados daltonismo dicromático. Bem mais raro é o tipo monocromático, em que a pessoa vê tudo em preto e branco. Por fim, há os daltônicos tricromáticos, que enxergam todas as cores, mas podem perceber as tonalidades de modo distorcido.
Tem cura?
Infelizmente, não há tratamento ou cirurgia que resolva o daltonismo. Mas é possível utilizar lentes de contato ou óculos que aumentam o contraste entre as cores e auxiliem o daltônico na percepção das tonalidades.
Para fazer uma lente de contato ou óculos para minimizar os efeitos do daltonismo é fundamental consultar um oftalmologista, pois apenas esse profissional poderá avaliar qual o grau de deficiência que o paciente tem para distinguir as cores.
Vale ressaltar que a maioria dos daltônicos apresenta apenas uma deficiência com relação às cores, não tendo a visão prejudicada ou maior tendência a desenvolver outros problemas nos olhos.
Problema masculino
O daltonismo afeta muito mais os homens do que as mulheres. Estima-se que 8% dos homens sejam daltônicos, enquanto apenas 0,4% das mulheres sofram com o problema.
Essa diferença ocorre porque a falha genética que causa o daltonismo está ligada ao cromossomo X. Os homens contam com apenas um cromossomo X, já as mulheres têm dois. Ou seja, as chances de a deficiência genética atingir dois cromossomos é bem menor do que afetar apenas um.
Texto Rafael Tadashi/Colaborador