O ideal é que todos os familiares envolvidos participem da terapia familiar. Contudo, isso nem sempre é possível. “Então, na primeira consulta, combina-se, com todos que queiram fazer parte do processo, o horário, a duração e as questões de sigilo envolvidas na terapia”, esclarece a psicóloga e especialista em terapia familiar Lígia Baruch. No entanto, durante o processo, outras pessoas podem ser convidadas a participar, caso seja uma estratégia importante para a resolução do conflito. Na terapia familiar, a discussão do problema é priorizada. “Todos do grupo são convidados a apresentar a sua versão da realidade e o terapeuta cuida para que acusações paralelas não aconteçam de maneira exagerada, pois são improdutivas e não ajudam na busca de soluções conjuntas”, explica a psicóloga. A especialista ainda destaca que todos se responsabilizam em rever suas atitudes, padrões de comportamento ou de comunicação que levam ao agravamento do problema.
Para quem é indicado a terapia familiar?
Mães, pais, filhos, tios, sobrinhos, avós e netos: todos os envolvidos podem e devem participar, independente da relação de parentesco. “Por exemplo, caso uma pessoa more na casa, ou seja muito próxima do ‘paciente identificado com o problema’, essa pessoa é importante no processo da terapia”, ilustra Lígia Baruch. A psicóloga ressalta que “a ideia nova da terapia familiar sistêmica é que a pessoa ‘problemática’ é apenas um representante de um problema no sistema familiar. A ênfase recai em transformar o sistema por meio de mudanças nas interações entre os membros, não em depositar em uma única pessoa a ‘causa’ dos seus problemas”.
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Texto: Érica Aguiar Edição: Angelo Matilha Cherubini