Você já ouviu falar em superbactérias? Se sim, o que vem a sua mente quando escuta esse termo? A alcunha pode ter assustado muitos pacientes pelo mundo, com receio de que esses organismos seriam mais agressivos do que outros agentes patológicos, mas não é bem isso que significa…
Segundo a microbiologista Doroti Garcia, superbactérias já circulam há algum tempo, como foi o caso de enterococos (gênero de bactérias) resistentes à vancomicina (antibiótico) nas décadas de 1980 e 1990.
“A partir do início dos anos 2000, com o surgimento da Klebsiella pneumoniae produtora da carbapenemase KPC (sigla da enzima Klebsiella pneumoniae carbapenemase), o termo ‘superbactéria’ passou a ser amplamente utilizado pela mídia, o que transmitiu uma ideia equivocada de que seria mais ‘agressiva’ que as outras”, ressalta a especialista.
A microbiologista explica que, em indivíduos sadios, as superbactérias não causam danos. No entanto, podem se tornar um sério problema quando infectam pacientes imunocomprometidos, hospitalizados, debilitados ou que foram submetidos a procedimentos invasivos (cirurgias, cesárias, entre outros). Isso acontece porque as opções terapêuticas são limitadas, o que dificulta o combate às infecções e pode provocar mortes.
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Texto: Érica Aguiar Arte: Mary Ellen Machado
Consultoria: Doroti Garcia, microbiologista.