A doença de Alzheimer (DA) afeta, em geral, pessoas na terceira idade. Segundo o pesquisador Wallace Liimaa, “cerca de 5% das pessoas com idade entre 65 e 74 anos tem a doença, mas quase a metade das que tem 85 ou mais são acometidas”.
Contudo, há outros dois grupos. Um deles é chamado de DA precoce e ocorre em pessoas com idades entre 50 e 65 anos. O outro é o Alzheimer familiar, quando existe a transmissão genética de uma geração para a seguinte. No entanto, “estas duas formas são menos frequentes”, aponta o neurologista Martin Portner.
O que é mais recorrente “é a pessoa com idade acima de 60 anos que passa a ter mais episódios de esquecimento e ser pessoalmente desorganizada sem que outras pessoas na família o tenham sido. Temos aí uma candidata ao diagnóstico de Alzheimer”, conclui o especialista.
Sinais de velhice são diferentes dos sinais do Alzheimer
“É importante ter a consciência de que envelhecer não está associado a se tornar uma pessoa doente”, pontua Wallace. É natural que, na velhice, as pessoas percam um pouco de força física, assim como um pouco da memória também. No entanto, isso depende de como a pessoa exercita seu cérebro.
Uma pessoa com doença de Alzheimer tem como primeiro comprometimento da memória de curto prazo e pode esquecer as chaves dentro da geladeira, por exemplo. Há também uma falha na coordenação das suas ideias, no relato dos acontecimentos, e a própria perda do seu ‘eu’ — a pessoa entra em um processo de desconexão que não lembra quem é ela mesma.
Resumindo: algumas características acabam deixando o processo de diferenciação (entre velhice e Alzheimer) mais fácil, já que uma pessoa com DA possui traços muito marcantes e claros que indicam que houve uma desconexão e o cérebro não está atendendo aos comandos.
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Texto e entrevistas: Jéssica Pirazza/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultorias: Martin Portner, neurologista, escritor e palestrante; Wallace Liimaa, professor, pesquisador e estudioso da saúde quântica.