Quando tratamos de experiências aparentemente sem explicação como os fenômenos paranormais, as dúvidas podem atingir graus de incerteza gigantescos, e não sabemos exatamente com o que estamos lidando. O trabalho da Parapsicologia, mais conhecida no Brasil como Psicologia Anomalística, busca justamente esclarecer esses pontos, e não adianta disfarçar: os sinais da paranormalidade estão por todo lugar.
O trabalho da Psicologia Anomalística
“O universo da experiência humana é bastante vasto e todo tipo de coisa, nas condições propícias, pode ser interpretado como paranormal”, sintetiza Leonardo Martins, pesquisador do Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais (Inter Psi) da Universidade de São Paulo (USP). “Pessoas ao redor do mundo relatam diversas experiências que se encaixam nesta definição”, aponta Vanessa Corredato, também membro do Inter Psi.
Como os estudiosos e especialistas destacam, é fundamental atentar-se às condições específicas para debater com propriedade as experiências paranormais. “Só de haver pessoas que acreditam ter passado por tais experiências, já há subsídio e motivos para que as estude, dado que seu objeto de estudo são as pessoas e as experiências subjetivas que elas têm”, relata Leonardo. “É o que chamamos de ‘agnosticismo metodológico’, ou seja, estamos interessados em descobrir o que está acontecendo nesses casos, e não em defender num primeiro momento a existência ou não do paranormal”, diz.
Assim, tais estudos, em sua cientificidade, não dependem da existência ou da inexistência de fenômenos paranormais reais para serem realizados. Basta um relato de experiência anômala, que os trabalhos se iniciam.
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CONSULTORIAS: Leonardo Martins, doutor em Psicologia Social, pesquisador e membro do Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais (Inter Psi) da Universidade de São Paulo (USP); Vanessa Corredato, mestre em psicologia e também membro do Inter Psi.