É comum considerar que o costume de tirar o chapéu se originou na Idade Média, quando os cavaleiros tinham que erguer as viseiras de seus capacetes, ou tirá-los, como sinal de suas intenções pacíficas.
Apesar de essa ser a teoria mais popular, assim como acontece com muitos outros assuntos de etiqueta, não há evidências concretas que possam comprovar isso. O costume teria sido ampliado e logo soldados e civis começaram a levantar ou tirar o chapéu como um ato de respeito a seus superiores. Pode ser uma boa hipótese, mas a autoridade bíblica sobre o assunto vai muito mais longe. Isso porque, na primeira epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo exorta os homens para que orem com as cabeças descobertas, enquanto instrui mulheres a cobrirem suas cabeças.
Tirar ou dar uma leve erguida no chapéu se tornou sinal de respeito para com as damas. A altura em que o Luís XIV erguia seu chapéu para as mulheres refletia sua condição: quanto mais alto o gesto mais nobre a dama. Na Europa e nos EUA do século 19 e início do 20, a etiqueta atingiu seu apogeu e muitas vezes funcionava como uma maneira de cumprimentar um conhecido sem ter que parar.
Era recomendável também que os homens tirassem seus chapéus durante a execução do hino nacional, quando passava um funeral, e em ambientes fechados – supostamente um costume medieval também, uma vez que tirar o capacete na casa de outra pessoa significava que você não iria saquear nem incendiar o local. Já as mulheres não tiravam seus chapéus nem em ambientes fechados – o que era conveniente, pois os chapéus eram mantidos através de vários grampos, em elaborados arranjos.
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