Elas podem ser a saída para resolver de vez os problemas que envolvem o coração. Realizadas para reparar os danos causados ao órgão (por infarto, doenças genéticas, entre outras), as cirurgias cardíacas podem ser feitas em qualquer idade, no entanto, oferece riscos diferentes para cada faixa etária. “Existem diversos tipos de cirurgias do coração. Todas elas são realizadas a partir de alguma deformidade do órgão que não possa ser tratada somente com medicamentos”, explica o cardiologista Luis Augusto Dallan.
1. Ponte de safena
Consiste na busca de um novo caminho para circulação do sangue, a fim de evitar que o coração fique sem oxigenação. Ela geralmente é realizada para resolver problemas causados por doença na artéria coronária, que está parcial ou totalmente bloqueada. “As cirurgias mais comuns nos adultos são as revascularizações miocárdicas, que consistem na confecção de pontes de safena e no implante das artérias mamárias diretamente nas artérias do coração, promovendo o reestabelecimento da circulação no coração e, assim, tratando a dor no peito e promovendo a melhora na contração do coração”, salienta Dallan.
Os riscos para a cirurgia podem envolver a formação de coágulos sanguíneos nas pernas, problemas respiratórios, perda de sangue e infecções nos pulmões, vias urinárias e torax. Entretanto, eles são minimizados se o paciente atender as recomendações médicas. A recuperação da cirurgia varia de pessoa para pessoa, no entanto, costuma ser lenta, permitindo ao paciente que retorne às suas atividades após cerca de 90 dias.
2. Angioplastia
Esse procedimento tem como objetivo desobstruir a passagem da artéria coronária, entretanto, é uma cirurgia bem mais simples que a ponte de safena. Para sua realização, é feita a passagem de um cateter até o local obstruído. Esse cateter conta com um balão na ponta que é inflado na artéria, que elimina a gordura e desbloqueia a passagem para o fluxo sanguíneo. O método é eficaz, porém, não é definitivo, já que os pacientes podem ter que passar pelo procedimento novamente.
A angioplastia, geralmente, é realizada quando a obstrução é pequena. Como as técnicas que envolvem a cirurgia são bastante modernas, os riscos são amenizados. No entanto, devido ao alargamento das artérias por conta do cateter, o local pode ser machucado, causando sangramento. Antes do paciente realizar o procedimento, todos os riscos são avaliados pelo médico, permitindo ou não a cirurgia.
As recomendações para o pós-operatório é de não levantar peso nos próximos dias e beber bastante água, a fim de eliminar a solução utilizada no procedimento. Se sintomas como febre, dores, falta de ar ou dores nas pernas e braços surgirem, o médico deverá ser avisado.
3. Marca-passo
O pequeno e leve dispositivo é inserido no paciente para regular a atividade cardíaca. Ele é composto por um minicircuito eletrônico e uma bateria compacta. O marca-passo funciona da seguinte maneira: ele percebe a atividade cardíaca e, quando não há uma pulsação natural, é liberado um impulso elétrico que leva à contração do músculo cardíaco. O dispositivo é ligado ao coração por meio de eletrodos — fios que fazem a comunicação entre o gerador e o coração. Por meio desse fio, os sinais elétricos são enviados para o coração.
O marca-passo se faz necessário para manter o ritmo normal do coração, que pode ser alterado por alguma doença ou até mesmo pelo processo natural de envelhecimento. Quando esse ritmo é alterado, sintomas como vertigens, sensação de fraqueza, cansado e desmaios podem surgir. O procedimento é importante, pois evita que esses sinais voltem a aparecer, atrapalhando a rotina do paciente.
Texto Redação Alto Astral
Consultoria Luis Augusto Dallan, cardiologista
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