Se o seu filho ou filha passa o dia inteiro digitando no celular ou no computador e não escreve à mão, vale a pena ficar de olho, já que a escrita cursiva ajuda muito mais na memória dos pequenos. Quem é mãe ou pai se preocupa com cada detalhe da educação e saúde dos filhos, por isso que é bom estar sempre de olho no que dizem os estudos e pesquisas mais recentes sobre essas áreas.
A revista científica Trends in Neuroscience and Education (Tendências em Neurociência e Educação) publicou um artigo com os estudos feitos por profissionais da área com crianças de quatro a seis anos em período pré-escolar. Entenda mais, a seguir, e saiba quais são os benefícios comprovados.
O primeiro passo: aprender a escrever
Na primeira etapa, as crianças participantes foram divididas em três grupos: um deveria escrever as letras de fôrma à mão, livremente; outro, escrevia à mão por cima de tracejados; e o terceiro grupo identificava as letras no teclado de computador e digitava.
Com os avanços e acessibilidade das tecnologias, muitas vezes, os pais acabam se surpreendendo com a “esperteza” dos mais jovens em mexer e compreender esses aparelhos desde tão novos. Esse aprendizado não é precoce, mas, sim, realidade pertinente à geração em que os pequenos vivem.
Em todo caso, nem todo hábito é saudável. Como o fluxo de informações é muito rápido, a memória das crianças sofre com isso, pois não consegue acompanhar ou até mesmo não aprende que deve prestar atenção suficiente em determinadas situações.
O segundo passo: rever o que foi feito
Depois da primeira etapa, os meninos e meninas que colaboraram na pesquisa foram para uma máquina de ressonância magnética. Para que ficassem relaxados, assistiram desenho animado e, em seguida, os responsáveis mostraram as letrinhas que os pequenos haviam feito.
Como estavam sendo monitorados, os profissionais detectaram que o cérebro das crianças que escreveram à mão reagiu mais rápido em áreas importantes para o aprendizado e memorização, que são: a área de Broca, uma das principais do processamento da linguagem; o giro pré-central na área do córtex, ligada ao aprendizado dos movimentos; e ao córtex cingulado anterior, importante no processo cognitivo que define se você está executando corretamente uma tarefa ou não.
De maneira simples, é possível entender que pontos importantes do cérebro tiveram respostas mais rápidas e mais significativas, ou seja, a criança que escreve à mão precisa, necessariamente, entender todo o processo: o que é o símbolo, o que ele significa, como ele é feito e como ele é combinado. Na escola, isso resulta em aprendizado e memorização mais eficazes, ajudando muito mais na evolução.
Para o jovem que escreve à mão, o resultado também é positivo
Na mesma linha, a Psychological Science (Ciência Psicológica), outra revista científica, publicou um artigo que comprova que jovens que estão em universidades e escrevem o conteúdo da aula à mão absorvem mais o conteúdo passado do que aqueles que registram em notebooks.
Além da cópia, o sistema de ensino superior pede que o aluno faça anotações particulares sobre o que está aprendendo, já que o ritmo da aula é outro. Isso também beneficia a memorização e o aprendizado.
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